quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Que pasa, colchoneros?

Quatro rodadas após o início do La Liga, uma constatação: o Atlético de Madrid ainda não se encontrou. Em quatro jogos, apenas dois empates e duas derrotas. Resultado: penúltima colocação. Depois da humilhante derrota para o Barcelona por 5 a 2, no último fim-de-semana, os colchoneros cederam o empate diante do Almería por 2 a 2. Vaias do público, em pleno Vicente Calderón. Consequência: já pedem a cabeça do técnico Abel Resino.

Na matemática do futebol é sim! Todos sabem a tabuada de cor: não somou pontos, começam a desconfiar do trabalho. Gerou crise, o treinador vai para o olho da rua! Fácil, fácil de decorar!

O que é estranho é que o mesmo Abel, que saiu de uma pequena crise do próprio Atlético há sete meses - após ser eliminado da Champions - ainda conseguiu classificar a equipe para a mesma competição desta temporada. Agora, quatro rodadas depois, tem o cargo ameaçado.

O fato é que Maxi, Forlán e Aguero permaneceram. Chegou Sergio Asenjo, bom goleiro (apesar de não ter atuado nas duas últimas rodadas). Retorno de Cleber Santana. Juanito na defesa. Tudo levava a crer que os problemas ficariam em outro clube. Entetanto, a equipe não se encontrou.

Falta concentração? Um bom indício. Forlán desperdiçou pênalti. O jogo estava nas mãos e deixaram escapar a primeira vitória. Mas dizem que o problema é o lateral-direito. Perea apagadíssimo e muito perdido. Messi brincou por lá, e agora foi a vez de Crusat aprontar.

Dizem que um bom time começa pelo goleiro. No caso dos colchoneros, seria um bom lateral-direito.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Por que técnico brasileiro não dá certo na Europa?


É preciso fazer um trabalho minucioso em relação a este assunto. Futuros Mestres e Doutores, essa é uma tese cabível de ser avaliada: Por que os treinadores brasileiros não conquistam resultados positivos no Velho Continente?

Após a recente demissão de Zico no CSKA; antes já havia ocorrido o desligamento de Felipão pelo Chelsea; e de Wanderley Luxemburgo pelo Real Madrid. É válido ressaltar que todos ficaram menos de um ano no cargo. Por isso, a pergunta do título é pertinente.

O texto a seguir não é uma análise detalhada, mas apresenta pontos a serem discutidos, como idioma, cultura e recursos. Quem sabe no final, o leitor do @arquibaldos tire suas próprias conclusões a cerca do tema...

- Idioma. Ignore a publicidade que há no final do vídeo abaixo, mas perceba a dificuldade de comunicação de Luxemburgo e Felipão, quando eles treinavam, respectivamente, o Real Madrid e o Chelsea.



Tanto os ingleses como os espanhóis não suportam esse ‘dialeto’ utilizado pelos dois treinadores. Por experiência própria, os europeus ignoram ou não dão a mínima para tentar compreender a sua mensagem caso não seja bem transmitida. Esse não é o principal motivo, mas a grande parcela de culpa para os resultados insatisfatórios é a falta de clareza na comunicação na mensagem enviada pelo treinador. Na comunicação, quando o emissor falha, o canal fica comprometido e o receptor é nulo.

Apesar do reforço e das aulas extras para que Felipão e Luxemburgo aprendam com rapidez o idioma de lá. Digo que não é nada fácil aprender uma outra língua do dia para a noite. Principalmente ao Galinho, porque aprender russo não é para qualquer um. Porém, faço uma crítica ao Scolari e Vanderlei, porque mesmo ambos vivendo em grandes centros urbanos – onde é possível encontrar com facilidade cursos de inglês e espanhol - eles poderiam ao menos ter feito uma matrícula em um cursinho para aprender ao menos o 'básico' durante a carreira profisisonal deles.

Atribuo ao fato do êxito de Felipão na Seleção de Portugal devido à proximidade do idioma. Apesar de parecido, o português de lá é diferente do cá, mas nada que algumas poucas semanas, o brasileiro se acostume com o português lusitano. Só quero esclarecer que não foi apenas ao atributo da língua, que gerou sucesso de Luiz Felipe Scolari, ele não é Campeão do Mundo por acaso.

Também é válido ressaltar que o treinador é o símbolo da equipe e precisa se comunicar a todo momento com os seus jogadores. Se o problema fosse apenas o idioma, poucos jogadores brasileiros fariam successo nos gramados da Europa. Mas como o texto ficou um pouco extenso, prometo estender este assunto em futuros post’s...

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O Corinthians com Defederico


14 dias de descanso. Sim, essa é a folga do Corinthians no Campeonato Brasileiro. Tempo suficiente para os estreantes (Marcelo Mattos e Matias Defederico) se entrosarem com o restante do elenco. Acredito que Mano Menezes deveria agradecer a Seleção Brasileira, por causa das Eliminatórias, e também ao Sr. Calendário, que voltou a fazer estragos neste ano no Brasileirão. Por conta dessa longuíssima pausa, o Timão foi se 'esconder' lá em Itu, para reorganizar taticamente o time. Vejamos como será esse ‘novo’ Corinthians...

Felipe, Jucilei, Chicão, Paulo André e Balbuena; Marcelo Mattos, Elias e Defederico; Dentinho, Henrique e Jorge Henrique.

Ao que tudo indica, essa é a equipe titular que deve enfrentar o Coritiba, só na quarta-feira. Como Edu se recupera de lesão, o jogador sequer foi selecionado. Mas será que esse meio-de-campo dará sustento, com Marcelo Mattos, Elias e Defederico?

O ponto forte será a marcação. A dupla de volantes Marcelo Mattos-Elias tem tudo para seguir adiante até a Libertadores. Mas, por enquanto, não vejo o Defederico como o ‘homem da ligação’. Até porque ele não tem características de um '10' para substituir o Douglas. Lá na Argentina, ele jogava mais na frente, quase como um atacante ou um ponta-de-lança. O ideal seria para atuar ao lado de Ronaldo. Portanto, Defederico só cairia bem se o esquema adotado não fosse o 4-3-3, como gosta o Mano, e sim o 4-5-1, como atuava no Huracán, e assim foi até vice-campeão por lá.

Entretanto, só por causa de um jogador, o treinador modificaria todo o esquema tático do time? Se Defederico jogar igual como atuou por lá, a aposta é válida. Caso contrário, ficaria no banco, por quê não? Agora, Jorge Henrique e Dentinho que se cuidem, pois podem até ficar na reserva. Calma, torcida corintiana! Porém, para adotar esse 'novo mais novo' esquema, o Corinthians ainda precisa encontrar o tal ‘homem de ligação’. As vagas ainda estão abertas! Candidatos?

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

A chance de Diego


Confesso nunca ter sido um fã do Diego que despontou no Santos. Tanto que, do trio que surgiu no início da década – ele, Kaká e Robinho -, foi o último a amadurecer futebolísticamente falando. Cresceu muito de produção no Werder Bremen, principalmente na última temporada, mas ainda deixa a desejar quando veste a amarelinha. O camisa 28, que vem voando na Juventus, no entanto, pode se beneficiar indiretamente de mais uma aposta válida de Dunga.

Daniel Alves deu show atuando no meio-campo contra o Chile. É um jogador “world class” no Barcelona, mas o esquema do Brasil não o favorece. Melhor que atue junto a Maicon, com qualidade suficiente para causar estragos pela direita. A vaga, que era (é) de Elano, ganharia em velocidade e manteria a mesma precisão nas bolas paradas. E Dunga teria mais um jogador curinga à disposição, podendo optar por convocar mais um jogador para outra eventual posição carente. Sobraria, atualmente, para Ramires, já que até Julio Baptista, que não tem características alguma de armador, pode fazer uma função mais recuada.

De qualquer forma, não passa pela minha cabeça que Kaká fique fora do time (toc, toc, toc). Mas, caso uma infelicidade aconteça com o “Menino de Jesus”, que a opção do banco de reservas seja um criador. A propósito, creio que Dunga deva ter ainda seis vagas desocupadas (terceiro goleiro, lateral-esquerdo, zagueiro, volante, meia e atacante). Confira a atual seleção brasileira de quem vos escreve:

Titulares: Julio César; Maicon, Lucio, Juan e Fabio Aurélio; Denílson, Felipe Melo, Daniel Alves e Kaká; Nilmar e Luís Fabiano.

Reservas (por posição): Victor; Thiago Silva e Alex; Marcelo; Gilberto Silva, Lucas, Elano e Diego; Robinho e Pato.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Presença


"...o Brasil hoje é presença no mundo. Presença no Brasil é..." Não se engane, se você pensou que o assunto seria publicidade aqui no Arquibaldos. Não é sobre banco, mas sim sobre a presença de Adriano. Confesso que de imediato, não havia captado a escolha de Dunga pelo atacante do Flamengo na última lista de convocação. Porém, cinco segundos depois, a ficha caiu. Motivo: Argentina.

Não há como esquecer da final épica da Copa América de 2004, ou do massacre da final da Copa das Confederações, em 2005. Adriano foi fundamental para as duas conquistas. Por isso, ele estará presente no jogo de sábado.

Não importa se a fase não é boa, ou seja até artilheiro. Como diria o anúncio do banco, o que importa é presença. E Adriano tem presença. No treino da Seleção na antevéspera do confronto, 1 a 0 reservas. Gol de quem? Dele mesmo!

Se a missão é enfrentar a Argentina, não pense duas vezes, chame Adriano. O espírito dele muda, e até os hermanos estejam mais preocupados, só por causa da presença dele. Lá vem a palavra de novo! Não há como escapar... O que vale é presença.

Caro Dunga, Adriano no segundo tempo, por favor!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

As escolhas de Maradona


Por capricho ou soberba, Maradona não convoca Riquelme nem Cambiasso para a seleção argentina. Atualmente, o volante da Inter de Milão se encontra lesionado, mas a visível falta de peças no meio-campo e as convocações para lá de contestáveis de Schiavi, Sebá, Braña e Palermo deixam claro que o treinador ainda não encontrou um time às vésperas do clássico contra o Brasil.

Rolando Schiavi, de 36 anos, e Martín Palermo, de 35, já beiram o fim de carreira. Sebá, ex-Corinthians, nunca foi parâmetro de qualidade, ainda que as opções para a zaga não sejam confiáveis. Rodrigo Braña, campeão da Libertadores pelo Estudiantes, se surpreendeu com a convocação. Ao todo, em somente 8 partidas, Maradona convocou 57 jogadores. A efeito de comparação, Dunga, que ainda é visto com desconfiança por escolhas duvidosas, chamou 78 atletas para 46 jogos.

O esquema tático também não encaixou. Maradona testou três atacantes – Messi, Tevez e Agüero -, mas a falta de um centroavante alto e forte enfraqueceu a bola área argentina. Hoje a solução pode ser Lisandro López, que começou a temporada voando pelo Lyon, e foi o mais votado como opção para atuar ao lado da Pulga em enquete do site “Olé”. Ainda sem um pilar na criação, Tevez poderia ser testado.

Os problemas são muitos: Verón, Diego Milito, Burdisso e Bataglia dificilmente terão condições de jogo. E sobra um palpite animador: a Argentina perderá a invencibilidade de 41 jogos em casa.

Tá podendo assim, é?


O Botafogo encara o confronto contra o Atlético-PR, pela Sul-Americana, como mera formalidade e parece rezar para ser eliminado. Sim, o Alvinegro está na zona de rebaixamento, mas, pelo futebol que tem apresentado, não dá para acreditar que vai cair para a Série B (a não ser que continue sendo 'garfado', como tem acontecido).

Aí, o bom treinador Estevam Soares decide escalar apenas um titular - Victor Simões -, enquanto o Furacão vai com força máxima, e tem os mesmos riscos do time carioca na Brasileirão, apesar dos últimos resultados terem sido na maioria satisfatórios. Quem está certo?

Acho que é o Rubro-negro. Além das cotas de TV da competição, o campeão leva pra casa 1 milhão de dólares. Levando o caneco, o clube ainda leva mais 850 mil dólares na próxima temporada pelas disputas da Recopa e da Copa Suruga. O Bota nada em dinheiros? Longe disso; a folha salarial da equipe é uma das menores do Campeonato Brasileiro. Vale ressalvar que este último fato é pelo bom senso da diretoria que quer o salário de todos em dia.

Mas é tão impossível assim disputar dois campeonato ao mesmo tempo? Os atletas não aguentam dois jogos por semana? Não dava para, pelo menos, escalar o famoso 'misto quente', colocando em campo os jogadores que estariam aptos a atuar? Eu tenho as minhas respostas na ponta da língua, sem pestanejar. E você?

Fatos (sur)reais


A história abaixo é baseada em fatos (sur)reais:

Cuca atendeu ao telefone pela manhã e recebeu o convite da trupe do Fluminense:

- Cuca, sabemos que sua saída do Fluminense em 2008 não foi muito amigável. Pior ainda foi sua passagem pelo Flamengo, mesmo tendo conquistado o único título de sua carreira. Mas nós demitimos o Renato Gaúcho e o vemos, num consenso, como melhor opção no mercado. Oferecemos X.

Ao perceber que a diretoria está encurralada e sem opções diante das recusas de quem preza pelo futuro de sua carreira, Cuca entra em acordo e fecha sua segunda passagem pelo Tricolor em praticamente um ano. Mesmo com um passado recente para lá de polêmico na Gávea, além de ter declarado outrora não trabalhar com a mesma trupe que a cada dia reinventa um significado do “inacreditável”.

O fato não é restrito ao novo treinador. O antecessor, Renato Gaúcho, passou por quatro vezes pelas Laranjeiras desde 2003. Inacreditável por si só.

Não satisfeito, o vice-presidente de futebol, Tote Menezes, declara pensar na possibilidade de antecipar as férias caso o time seja mesmo rebaixado. Esforço, pelo visto, não tem faltado para tal.

O Fluminense ocupa a lanterna do Campeonato Brasileiro, com campanha pior do que a do Santa Cruz em 2006, que somou irrisórios 28 pontos ao fim da competição. Fez, ao longo do ano, quase 30 contratações, e dispensou/recontratou quatro comissões técnicas e dirigentes de caráter contestáveis. Em sua maioria, escolhas precipitadas que rendem ao clube salários fora da realidade e multas elevadíssimas em casos de rescisão.

Hoje, no mundo, não há quem não possa reclamar de amadorismo. A palavra também se atende por Fluminense.