sábado, 30 de maio de 2009

Vinho ou espumante?


O torcedor do Bordeaux está muito bem servido para comemorar o título do Campeonato Francês. Bebida boa pela região é o que não falta.

Ficamos triste que a despedida de Juninho no Lyon seja sem título. Ainda mais depois dele se tornar o maior jogador da história do clube ao liderar o histórico heptacampeonato nacional. Mas também há felicidade de ver quatro brazucas sendo campeões pelo Bordeaux - título que não vinha há dez anos. São eles: Henrique, Jussiê, Wendell e Fernando. Pode ser até que role uma caipirinha na comemoração...

O fim da hegemonia do Lyon já estava anunciada há algumas rodadas, e a disputa ficou mesmo entre o Olympique e o Bordeaux. Mas o time de Brandão acabou entregando o título de mão beijada para o rival quando perdeu na 36a rodada para o Lyon, em casa.

Aí, a equipe liderada pelo ótimo Gourcouff foi só fazendo o seu dever. Venceu os seus adversários, assim como fez hoje ao bater o péssimo Caen por 1 a 0, gol de Gouffran. Também não é de se espantar que este time foi rebaixado. Futebol de péssima qualidade.

O Bordeaux não teve o artilheiro da competição, não teve o melhor ataque e nem a defesa menos vazada. Mas foi a equipe mais equilibrada, e teve como técnico o promissor Laurent Blanc. Sim, ele mesmo. O zagueiro campeão do mundo em 1998 comandou muito bem a equipe.

O time ainda acertou a compra de Gourcouff, que nesta temporada estava emprestado pelo Milan. Ótima aquisição. Não dá para dizer que o Bordeaux fará uma bela campanha na próxima Liga dos Campeões. Mas os seus adeptos tem mais é que vibrar com o fim do jejum e com o fim da “Era Lyon” pela França. E a equipe já tinha conquistado a Copa da Liga, em abril.

Pois é, amigo. A única coisa a se preocupar no momento é se a comemoração vai ser a base de vinho ou espumante.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Os duelos do momento


Amanhã, no Estádio Olímpico de Roma, pela final da Liga dos Campeões, Barcelona e Manchester United se digladiarão em um confronto histórico. É, sem dúvida, “O” jogo do momento - são as duas melhores equipes do mundo. Ambas foram campeãs com folga pelas suas ligas nacionais, e têm os jogadores que mais assustam. Imagine que na próxima quarta-feira o seu time jogaria contra o Manchester ou contra o todo poderoso Barcelona. Seria sensacional, mas eu teria medo.

E além do duelo de gigantes da Europa, outro confronto particular está roubando a cena. É mais uma briga de tirar o fôlego: Cristiano Ronaldo x Messi. São os dois melhores boleiros do momento. Daria até para incluir Ibrahimovic nessa disputa, mas como a Internazionale não consegue nada fora da Itália, o sueco acaba prejudicado.

É fato que a equipe que sair vencedora do “Coliseu”, na próxima quarta, também terá, no fim do ano, o melhor jogador do mundo. Sem tirar o mérito dos outros jogadores, mas são esses que mais podem desequilibrar, apesar deles terem sumido em algumas partidas decisivas.

Vamos a alguns números: ano passado, quando o Manchester foi campeão, Cristiano Ronaldo foi o artilheiro da competição, com oito gols. Mas nesta temporada, o português está com quatro, exatamente outros quatro atrás de quem? Ele mesmo, Lionel “pulga” Messi, artilheiro isolado com oito gols. Pela Liga Espanhola, o argentino não é o goleador do torneio, mas tem 22 gols; enquanto que pela Premier League, o portuga marrento é o matador, ao lado de Anelka, do Chelsea, balançando as redes 18 vezes. Precisa dizer mais alguma coisa? Se precisa, é só ver algumas partidas dos dois e você vai entender. Fácil assim: os melhores.

Mas vamos falar também dos outros jogadores, pois nenhum grande time é formado apenas por um craque. Tanto Barça quanto Manchester entrarão desfalcados. Quem mais vai sentir é o clube catalão, que não contará com a sua dupla de laterais, Abidal e Daniel Alves, suspensos. Já os Red Devils não terão em campo Fletcher, que não é titular. Pode ser uma das coisas que vai fazer a diferença.

No gol, eu prefiro Van Der Sar a Victor Valdes. O espanhol também é de seleção, mas não passa tanta segurança, enquanto que o holandês ficou 21 jogos sem sofrer gol no atual Campeonato Inglês. Com os desfalques já citados, a zaga do Barça vai ficar bem fragilizada, ainda mais porque Puyol deve acabar deslocado para uma das laterais. Aí, o treinador Pepe Guardiola vai acabar atrasando o limitado Yaya Toure para a zaga. Enquanto isso, pelo lado vermelho, nada mais nada menos do que a melhor dupla de defensores: Vidic e Ferdinand. Na minha opinião, os melhores.

Pelo meio campo, há mais equilíbrio, mas com o Manchester ainda superior. Ainda mais porque devemos ver o não tão bom Busquets como primeiro volante do Barça. Já Iniesta e Xavi dispensam comentários. Mas o outro lado impressiona em todas as peças: Carrick (em ótima fase), Anderson (voando em campo), o “Mr. Manchester United” Ryan Giggs, e ele, Cristiano Ronaldo. Dá ou não dá medo?

No ataque, não consigo dizer quem é melhor. Eto’o, Messi, Henry (que reencontrou o bom futebol); ou Rooney e Tevez (apesar de Sir. Ferguson ainda teimar em escalar Berbatov, as vezes). Todos são craques e têm o seu nome estabelecido no futebol mundial há tempos. Não dá para dizer qual é a melhor força de frente.

É difícil apontar um favorito, porque não há. Mas pelo maior equilíbrio entre ataque e defesa, eu acho que o Manchester vai ser bi. Façam suas apostas, rufem os tambores e roam as unhas. É a final da Liga dos Campeões!

Até 2010, Obina


No último dia 25, Obina foi emprestado pelo Flamengo ao Palmeiras até o fim do ano. Este foi o pior momento do atacante no clube, junto aos primeiros jogos dele, em 2005. Mas muitos se precipitam ao falar do até antes “xodó”. Realmente, este 2009 dele foi desastroso. Nada de gols, pênaltis perdidos, “obinadas” na bola, etc. A maioria fala que ele não joga nada, que é gordo, e mais um monte.

Mas quem não tem memória curta sabe que os momentos dele na Gávea não se resumem a este primeiro semestre. Obina foi fundamental na Copa do Brasil de 2006, nos Cariocas de 2007 e 2008 (estando presente também no de 2009, com menos destaque); e ainda fez o gol que livrou o Fla do rebaixamento em 2005.

Balançou as redes 47 vezes em 180 jogos - média que não é boa. Mas todos sabem que ele nunca foi craque e que dificilmente está no peso ideal; na verdade, ele sempre foi, apenas, Obina. Humilde e simpático, bem quisto entre os seus companheiros e quase sempre querido pelos rubronegros e por muitas torcidas adversárias.

Sobre o empréstimo, se o Palmeiras quiser escalá-lo contra o Flamengo, terá que pagar R$ 1 milhão por jogo, o que é um absurdo, pois se ele está em um clube, tem o direito de jogar as partidas que o treinador quiser. Para ficar com o jogador em definitivo, os paulistas terão que arcar com R$ 4 milhões. Nenhuma das duas quantias devem ser pagas; Obina não deve atuar contra o Flamengo e irá voltar em 2010.

Acho que o empréstimo será bom para todos. O atleta precisa de novos ares, e Vanderlei Luxemburgo é ótimo em “recuperar” jogadores. Para o Palmeiras porque o time não tem nenhum centroavante com as características do Obina. E para o Fla pois a relação dele com a “esquecida” torcida já está muito desgastada.

O flamenguista que disser que nunca cantou que “Obina é melhor que o Eto’o” está mentindo. Acho que no ano que vem, quando voltar, ele estará melhor, com o espírito mais leve e, quem sabe, até com uns quilinhos a menos. E pode ser que a torcida rubronegra o acolha de novo, e volte a compará-lo com o ótimo atacante camaronês.

sábado, 23 de maio de 2009

A vez do Wolfsburg


Se você estava cansado daquelas ligas européias que sempre tem o mesmo campeão. Se você não agüentava mais acompanhar os campeonatos onde os possíveis vencedores são sempre aqueles quatro, três, dois times de sempre. Se você se encaixa nas frases acima e acompanhou a Bundesliga, pelo menos na reta final, se deu bem demais.

O Campeonato Alemão foi o mais emocionante do Velho Mundo. Faltando quatro rodadas, cinco times ainda tinham chances de ser campeão. E, hoje, para tristeza dos que gostam de futebol e emoção, e para felicidade da torcida do Wolsfburg, acabou a Bundesliga 2008/09.

A equipe de Grafite e Josué com méritos foi a campeã. Venceu jogos decisivos, como a goleada diante do Bayern com o antológico gol de Grafite. E ainda tem os dois principais artilheiros da competição: Grafite - 28 gols; Dzeco - 26 gols.

Para deixar a conquista bem mais saborosa, o atacante brasileiro ainda igualou Airton no recorde de gols na Bundesliga. E esta também foi a primeira vez que os Lobos da Alemanha foram campeões nacionais. E o título veio suado demais, na última rodada, goleando o vice-campeão da Copa da Uefa, Werder Bremen, por 5 a 1. Tem coisa melhor do que isso?

Misimovic, Grafite (duas vezes), Prodl e Dzeco marcaram os gols do título do Wolfs, enquanto que Diego fez o de honra do Werder.

Não dá para acreditar que uma nova era irá começar na Alemanha, pois o Bayern sempre é Bayern. Mas é muito bom ver essa equipe de verde campeã. Quebrou o protocolo, saiu da fila e falou: é a minha vez!

Mas o Wolsfburg também tem que pensar no futuro, pois ele está bem próximo. Esse time será coadjuvante na Champions League. Precisa de reforços se quiser fazer bonito no torneio continental.

Mas vamos deixar isso pra depois, vamos deixar eles esquentarem a cabeça depois. É hora de comemorar e esvaziar o barril de chope. O Wolsfburg finalmente foi campeão!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

A noite de Andrezinho

Aos 40 do segundo tempo, Internacional e Flamengo empatavam em 1 a 1; resultado que dava a classificação para o time carioca. Até que Tite dá a sua última cartada colocando Andrezinho no lugar de Sandro. Pouco tempo para o meia jogar, mas o suficiente para cobrar uma falta com muita categoria e fazer o gol da vitória colorada. Sem dúvida, esse foi o melhor jogo da noite e qualquer uma das equipes poderia ter saído vencedora. Mas Andrezinho, cria do Flamengo, acabou fazendo a diferença.

O primeiro tempo foi dominado pelo time Carioca. Marcava melhor (apesar de dar bem mais espaço do que deu no Maracanã), e era mais objetivo na hora de atacar. Perdeu boas chances, principalmente com Kléberson, que errou duas finalizações. Enquanto isso, o Inter cadenciava mais a partida, esperando o Flamengo errar. No final, quando parecia que o primeiro tempo terminaria zerado, Juan errou. Ele atrasa mal a bola para Aírton, Nilmar ganha na corrida e cruza para Taison abrir o placar. Mérito para o ataque veloz do Inter em uma falha de Juan.

Os papéis se inverteram no segundo tempo. O Flamengo sentiu o gol e o Inter cresceu. Perdeu boas chances, enquanto que o Fla não oferecia perigo. Até que Cuca acerta em colocar Emerson no lugar de Zé Roberto, e o atacante consegue empatar o jogo aos 30 minutos. Aí quem sentiu foi o Inter. Mas o Flamengo cometeu o pecado de só se defender e dar chutões. Ibson comete falta infantil na entrada da área, e Andrezinho, que acabara de entrar, empata. A cobrança foi boa, mas dava para o goleiro Bruno pelo menos ter pulado. Andrezinho e Guiñazu foram os caras do jogo. Mais uma vez, o volante foi um leão.

O Inter mereceu a classificação, assim como se o Flamengo passasse também seria merecedor. O Colorado confirma a boa fase e chega com muita força na semifinal. É a equipe do momento a ser batida.

Internacional: Lauro, Danilo Silva (Alecsandro), Índio, Álvaro e Kleber; Sandro (Andrezinho), Rosinei (Glaydson), Guiñazu e D’Alessandro; Taison e Nilmar. Técnico: Tite.

Flamengo: Bruno, Willians, Aírton e Ronaldo Angelim; Léo Moura, Toró (Éverton Silva), Ibson, Kleberson e Juan; Zé Roberto (Emerson) (Welinton) e Obina. Técnico:Cuca.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Tudo na mesma


*Hoje, tivemos quatro jogos da Bundesliga, e três deles envolvendo equipes que ainda brigam pelo título. E como não podia deixar de ser, Hertha, Bayern e Wolsfburg venceram.

Jogando em casa, o time de Josué não teve dificuldades para golear o rei dos empates, Borussia Dortmund. Aos 14 minutos do primeiro tempo, Dzeko abriu o placar. No início da segunda etapa, o bósnio foi o garçom de Grafite, que ampliou e se isolou na artilharia (o Stuttgart de Mario Gomez joga amanhã). A partir daí, o Borussia se assanhou e até esboçou uma reação, mas que parou quando Boateng foi expulso de maneira boba. No final, a goleada foi sacramentada por Dzeko, após linda jogada de Grafite: 3 a 0.

Em Munique, o Bayern também goleou e também fez 3 a 0. Por incrível que pareça, todos os gols saíram no segundo tempo, e em todas as oportunidades em contra-ataques. Luca Toni, Ribéry (jogando muita bola) e Podolski foram os marcadores.

Já o Hertha Berlim teve mais dificuldades para vencer o Colônia fora de casa. Cícero abriu o placar e Ebert ampliou. No final do jogo, o time da casa resolveu jogar e chegou a descontar com Chihi. Mas já era tarde, e a partida terminou mesmo em 2 a 1. No outro jogo do dia, o lanterna Karlsruhe perdeu em casa por 3 a 2 para Hannover e ficou muito perto do rebaixamento.

*Pela League 1, o Lyon manteve as remotas chances de ser octacampeão. Com destaque para as atuações de Juninho Pernambucano e de Makoun, os Lyonnais venceram o Nantes, em casa, por 3 a 0. O triunfo foi sacramentado ainda no primeiro tempo, quando o camaronês marcou duas vezes, e em ambas oportunidades com ajuda do brasileiro. No final da partida, Mounier fechou o placar. Pena que a provável despedida de Juninho vá ser sem o octa.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Com o futebol não se brinca

“Vai ver foram os Deuses do Futebol”, pensei, logo após o chutaço de Iniesta – o único do Barcelona que teve o endereço certo –, no ângulo de Cech, aos 47 minutos do segundo tempo. Pareceu-me ser uma explicação plausível depois de dois tempos de domínio tático do Chelsea, mais a equilibrada partida no Camp Nou. Mas com esse maravilhoso esporte não se brinca.

Mesmo com um jogador a mais durante a maior parte da etapa final, os Blues não foram capazes de vencer uma defesa àquela altura fragilizada pelos desfalques de Puyol, Rafa Marquez e Abidal, este último expulso, além da péssima partida de Daniel Alves – suspenso para a finalíssima. É válido afirmar que o dinamarquês Tom Henning prejudicou o Chelsea com ao menos dois pênaltis claros não marcados. Mas se Drogba quisesse, teríamos hoje uma revanche na final.

Essien bem que queria. Logo aos nove, acertou um chutaço, de canhota e de primeira, da entrada da área: 1 a 0. O gol deu tranqüilidade a Guus Hiddink, que pôde armar o time a seu gosto, explorando os contra-ataques. Ao contrário de Pep Guardiola que, sem Henry, adiantou Iniesta, colocou Eto’o aberto nos flancos e, apesar da genialidade do setor ofensivo e da posse de bola de 63%, viu seu time esbarrar na muralha que era a defesa adversária – Alex manteve o ótimo nível de atuações.

Sem a estrutura tática que rendeu a incrível média de 3 gols/jogo na Liga dos Campeões, o Barcelona não mudou muito para a segunda etapa. Em campo, os 11 se tornaram 10, com a expulsão de Abidal. Em postura e posicionamento, um Eto’o centralizado, um Messi fortemente marcado, e um Iniesta incisivo. Se o gol de empate teve seu merecimento contestado, não há como discutir que o herói do Barcelona teria de ser Iniesta.

Vem aí o verdadeiro tira-teima. O que todos queriam: Barcelona x Manchester United. Messi x Cristiano Ronaldo. Dia 27, no Olímpico, de Roma. O futebol agradece.

Chelsea: Cech, Bosingwa, Alex, Terry e Ashley Cole; Essien, Ballack, Anelka, Lampard e Essien; Drogba (Belletti). Técnico: Guus Hiddink.

Barcelona: Valdés, Daniel Alves, Piqué, Touré e Abidal; Busquets (Bojan), Xavi e Keita; Messi, Eto'o (Sylvinho) e Iniesta (Gudjohnsen). Técnico: Josep Guardiola.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Tudo nos conformes


O que era já era improvável tornou-se praticamente impossível aos 33 minutos do primeiro tempo. O Santos não só vencia por 1 a 0, gol de pênalti de Kléber Pereira, como também jogava melhor que o Corinthians e o pressionava num então aflito Pacaembu. Só que Dentinho descobriu André Santos livre pelo meio num dos únicos vacilos do Peixe nos 45 minutos iniciais. Como de costume nesta passagem pelo Timão, o lateral não perdoou, esfriou qualquer tipo de reação, e pôs as duas mãos na taça do Campeonato Paulista.

Àquela altura, o Santos precisava marcar mais três vezes em pouco mais de 60 minutos. Guiado por Madson e Paulo Henrique – Neymar não fazia boa partida –, o time de Vagner Mancini até assustou Felipe em algumas oportunidades. A maioria das chances criadas durante o período de domínio do Peixe. Anulado pela forte marcação de Domingos – então ainda um santo em campo – e Germano, Ronaldo pediu até para trocar de posição com Dentinho. O Timão cresceu com o gol e com sua torcida, extasiada e aliviada. E voltou para a segunda etapa com o mesmo ritmo.

Segundo tempo que, aliás, foi do Corinthians e do nervosismo. Não foram poucas as entradas duras e desleais, principalmente de Domingos, que deve pegar no máximo três jogos pelo teatro que fez contra o Palmeiras. Reincidente – o zagueiro já entrara com as travas da chuteira no tornozelo de Dentinho, que teve de ser substituído –, foi expulso após mais uma falta em Ronaldo. O que só refletiu o que foi o segundo tempo: muitos cartões, poucas finalizações e um controle do tempo e da partida por parte do Corinthians.

O relógio passou sem maiores problemas. E o Timão manteve o aumentativo no apelido com o 26º título paulista, o primeiro invicto desde 1972. Muito graças a Mano Menezes, que já soma dois títulos no comando do Corinthians e, principalmente, a Ronaldo, que chegou como ídolo e hoje é muito mais do que um símbolo para a Fiel. Loucos, mas felizes, acima de tudo.

Em tempo: Ronaldo está certo em criticar a festa corintiana, ainda no gramado, que por sorte não resultou em queimaduras no corpo do capitão William.

Em tempo 2: o Santos montou um bom time, num bom esquema, com um bom técnico. Mas precisa mais do que isso para alçar vôos maiores. Até porque só resta o Brasileirão pela frente.

Corinthians: Felipe; Alessandro, William, Diego e André Santos (Welington Saci); Cristian, Elias e Douglas (Fabinho); Dentinho (Morais), Ronaldo e Jorge Henrique. Técnico: Mano Menezes.

Santos: Fábio Costa, Luizinho (Molina), Domingos, Fabiano Eller e Triguinho; Roberto Brum, Germano e Paulo Henrique (Róbson); Neymar (Maikon Leite), Kléber Pereira e Madson. Técnico: Vagner Mancini.

BH azul

Em Belo Horizonte, não teve surpresa. A única coisa que chamou a atenção, mas que já não é novidade, foi o destempero do técnico Emerson Leão. A sua atitude de xingar uma auxiliar no intervalo é deplorável. E pior, nem a sua reclamação tinha fundamento. Agora é o momento de esfriar a cabeça e pensar no restante da temporada. No meio da semana, já tem o difícil combate contra o Vitória, pela Copa do Brasil.

Mas vamos falar de quem foi campeão. O vencedor do campeonato já havia sido decidido no fim-de-semana passado. O que seria conferido hoje é se o Cruzeiro seria campeão invicto. E foi. Pela trigésima sexta vez, o clube celeste levatou a taça, e pela segunda vez seguida invicto sobre o Galo - dez vitórias e dois empates nas 12 últimas partidas.

No início do jogo, por duas vezes seguidas o Cruzeiro quis animar o adversários. Foram duas bolas perdidas que quase resultaram em gol, mas Éder Luis foi mal em ambas as oportunidades. Aos 16 minutos, a minoria no Mineirão pôde sonhar. O estreante Fabiano abriu o placar para o Atlético, após jogada do insistente Éder Luis. Era o que o Galo precisava. Um gol no início, dando uma possível chance de recuperação.

Mas o sonho durou pouco. Aos 21 minutos, Kléber, de pênalti, acabou com qualquer chance de reação do adversário, e quem era o virtual campeão antes do jogo já não tinha mais dúvidas do triunfo. O Atlético não desanimou muito, e o objetivo do jogo, agora, era não deixar o rival ser campeão invicto. Mas a luta foi em vão.

Chances apareceram para os dois lados, mas nada mudou no placar. Quando voltou do intervalo, o time do Atlético tinha gás e pressionava. Mas quando Carlos Alberto foi expulso, foi fim de linha em todos os sentidos para o alvinegro. O Cruzeiro passou a atacar muito mais, enquanto o adversário pouco ameaçava. No final do jogo, os ânimos se exaltaram e houve confusão entre os jogadores. Welton Felipe e Wellington Paulista foram expulsos.

Mas nada que fosse estragar a festa do Cruzeiro. Campeão com todos os méritos. E invicto. Vai dar muito trabalho no Brasileirão e é forte candidato na Libertadores. Resta ao Galo juntar os cacos e começar uma nova etapa no ano.

Atlético Mineiro: Juninho, Marcos Rocha, Marcos, Welton Felipe e Júnior; Carlos Alberto, Rafael Miranda. Márcio Araújo e Fabiano (Júnior Carioca); Éder Luís e Diego Tardelli. Técnico: Emerson Leão.

Cruzeiro: Fábio, Jancarlos (Elicarlos), Léo Fortunato, Gustavo e Gerson Magrão; Fabrício (Sorín), Marquinhos Paraná, Henrique e Wagner; Kléber e Soares (Wellington Paulista). Técnico: Adílson Batista.

sábado, 2 de maio de 2009

Só mais sete


*Este é o número de pontos que o Manchester United precisa para se sagrar tri-campeão da Premier League, e igualar o número de títulos do Liverpool.

Hoje, contra o Middlesbrough, fora de casa, Sir. Ferguson resolveu poupar alguns titulares, já pensando no jogo contra o Arsenal, na terça. E o “mistão” do Manchester não teve dificuldades para vencer o fraco adversário por 2 a 0.

No primeiro tempo, o Mr. Manchester United, Ryan Giggs, mostrou toda sua boa forma. Fez um belo gol no dia em que alcançou a incrível marca de 801 jogos pelos Red Devils. E no início do segundo tempo, Park deu números finais a partida.

Alguém ainda pensar em secar o Manchester? Só com muita reza braba.

Já o Manchester City de Robinho segue subindo de produção. Hoje, venceu o Blackburn por 3 a 1, com boas apresentações do atacante e de Elano. Caicedo abriu o placar, Robinho aumentou e Elano, de pênalti, fez o último do City. No segundo tempo, Andrews descontou para o Blackburn.

Em Londres, o Chelsea bateu o Fulham por 3 a 1. Anelka, Malou da e Drogba marcaram para os Blues. O Chelsea talvez ainda sonhe com a Premier League. E sonhar não custa nada.

O Arsenal também venceu, e também fez três gols. Goleou o Portsomuth, fora de casa, por 3 a 0. Os gols dos Gunners foram marcados por Bendtner (duas vezes) e Carlos Vela.

*Pela Alemanha, o Wolfsburg deu mais um importante passo rumo ao título da Bundesliga. Goleou o Hoffenheim por 4 a 0 e, no mínimo, manteve a diferença de dois pontos para Herha ou Hamburgo, que se enfrentam amanhã.

Quando não é a estrela do Grafite que brilha tanto, o seu companheiro de ataque resolve aparecer. Dzeco marcou três vezes, enquanto que o brasileiro fechou o placar. O primeiro tempo foi complicado para o líder, e terminou em 0 a 0. Mas no segundo, os visitantes foram massacrados. Do minuto 20 ao 33, foram três gols do atacante bósnio, e dois deles com assistências de Grafite. No final, o brasileiro ainda fez de pênalti.

Mas sabemos que na Bundesliga não podemos tentar prever nada. Ainda faltam quatro rodadas, e amanhã Hamburgo e Herha se enfrentam. O que perder talvez dê adeus ao título alemão.

O Bayern venceu hoje o Borussia Mönchengladbach por 2 a 1, e ainda sonha. Será Jupp Heynckes consegue dar alma a esse time na reta final?

*Mais uma vez, Ibrahimovic foi o nome da Internazionale de Milão. Contra a Lázio, o “gigante” marcou um gol e deu assistência para outro, além das belas jogadas que não resultaram em gol.

Depois de um primeiro fraco, o time de Mourinho definiu o placar na etapa final. Ibra fez um lindo gol ao “brincar” com o zagueiro e chutar de forma indefensável. Depois, o sueco deixou Muntari na cara do gol, que não perdoou. 2 a 0 para a Inter, que agora precisa vencer dois de seus quatro jogos para ser campeã sem precisar de outros resultados.

*Pela League 1, o Olympique decepcionou a sua torcida ao empatar em casa com o Toulouse em 2 a 2. Os visitantes ainda chegaram a estar na frente do placar duas vezes, mas o líder conseguiu correr atrás do empate. Amanhã, o Bordeaux recebe o Sochaux, e pode alcançar o Olympique.

Os quatro gols do jogo saíram no segundo tempo. Gignac abriu o placar para os visitantes e Niang empatou. Depois, Gignac, novamente, colocou o Toulouse novamente em vantagem, e Niang, de novo, empatou.

Já o Lyon deu adeus ao octa. Sem Juninho, o time visitou o Valenciennes e se deu mal. 2 a 0 para os mandantes, com dois gols de Audel, no primeiro tempo.

Uma coisa é certa na League 1: Bordeaux ou Olympique acabarão com a hegemonia do Lyon.