quarta-feira, 6 de maio de 2009

Com o futebol não se brinca

“Vai ver foram os Deuses do Futebol”, pensei, logo após o chutaço de Iniesta – o único do Barcelona que teve o endereço certo –, no ângulo de Cech, aos 47 minutos do segundo tempo. Pareceu-me ser uma explicação plausível depois de dois tempos de domínio tático do Chelsea, mais a equilibrada partida no Camp Nou. Mas com esse maravilhoso esporte não se brinca.

Mesmo com um jogador a mais durante a maior parte da etapa final, os Blues não foram capazes de vencer uma defesa àquela altura fragilizada pelos desfalques de Puyol, Rafa Marquez e Abidal, este último expulso, além da péssima partida de Daniel Alves – suspenso para a finalíssima. É válido afirmar que o dinamarquês Tom Henning prejudicou o Chelsea com ao menos dois pênaltis claros não marcados. Mas se Drogba quisesse, teríamos hoje uma revanche na final.

Essien bem que queria. Logo aos nove, acertou um chutaço, de canhota e de primeira, da entrada da área: 1 a 0. O gol deu tranqüilidade a Guus Hiddink, que pôde armar o time a seu gosto, explorando os contra-ataques. Ao contrário de Pep Guardiola que, sem Henry, adiantou Iniesta, colocou Eto’o aberto nos flancos e, apesar da genialidade do setor ofensivo e da posse de bola de 63%, viu seu time esbarrar na muralha que era a defesa adversária – Alex manteve o ótimo nível de atuações.

Sem a estrutura tática que rendeu a incrível média de 3 gols/jogo na Liga dos Campeões, o Barcelona não mudou muito para a segunda etapa. Em campo, os 11 se tornaram 10, com a expulsão de Abidal. Em postura e posicionamento, um Eto’o centralizado, um Messi fortemente marcado, e um Iniesta incisivo. Se o gol de empate teve seu merecimento contestado, não há como discutir que o herói do Barcelona teria de ser Iniesta.

Vem aí o verdadeiro tira-teima. O que todos queriam: Barcelona x Manchester United. Messi x Cristiano Ronaldo. Dia 27, no Olímpico, de Roma. O futebol agradece.

Chelsea: Cech, Bosingwa, Alex, Terry e Ashley Cole; Essien, Ballack, Anelka, Lampard e Essien; Drogba (Belletti). Técnico: Guus Hiddink.

Barcelona: Valdés, Daniel Alves, Piqué, Touré e Abidal; Busquets (Bojan), Xavi e Keita; Messi, Eto'o (Sylvinho) e Iniesta (Gudjohnsen). Técnico: Josep Guardiola.

4 comentários:

  1. Realmente era o desfecho esperado por todos. O confronto entre Barça e os Red Devils, a final vai ser histórica.

    Quanto ao jogo, a bola pune drogba hahahah... quem mandou ser paneleiro

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  2. Muito bom os textos de vocês. Tenho lido no blog do Lédio Carmona. Virei mais aqui. Abraços.

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  3. Barcaaaaa .... concordo que o Hiddink armou um otimo esquema pra jogar contra o Barca, mas deram uma brechinha no final e Iniesta noa perdoou. Prefiro assim... pois Barca x Manchester sera um jogo mais aberto e pra frente... com certeza o jogo do ano e o duelo do ano entre Messi x Cristiano . Abracos...

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  4. Ai que orgulho Victor!!!!! O blog esta muito bacana!!! Curioso e cheio de informacao. E os textos... muito bem escritos. E olha que eu nem gosto de futebol...rsrsrs
    Parabens!
    Bjs,
    Isadora

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