segunda-feira, 4 de maio de 2009

Tudo nos conformes


O que era já era improvável tornou-se praticamente impossível aos 33 minutos do primeiro tempo. O Santos não só vencia por 1 a 0, gol de pênalti de Kléber Pereira, como também jogava melhor que o Corinthians e o pressionava num então aflito Pacaembu. Só que Dentinho descobriu André Santos livre pelo meio num dos únicos vacilos do Peixe nos 45 minutos iniciais. Como de costume nesta passagem pelo Timão, o lateral não perdoou, esfriou qualquer tipo de reação, e pôs as duas mãos na taça do Campeonato Paulista.

Àquela altura, o Santos precisava marcar mais três vezes em pouco mais de 60 minutos. Guiado por Madson e Paulo Henrique – Neymar não fazia boa partida –, o time de Vagner Mancini até assustou Felipe em algumas oportunidades. A maioria das chances criadas durante o período de domínio do Peixe. Anulado pela forte marcação de Domingos – então ainda um santo em campo – e Germano, Ronaldo pediu até para trocar de posição com Dentinho. O Timão cresceu com o gol e com sua torcida, extasiada e aliviada. E voltou para a segunda etapa com o mesmo ritmo.

Segundo tempo que, aliás, foi do Corinthians e do nervosismo. Não foram poucas as entradas duras e desleais, principalmente de Domingos, que deve pegar no máximo três jogos pelo teatro que fez contra o Palmeiras. Reincidente – o zagueiro já entrara com as travas da chuteira no tornozelo de Dentinho, que teve de ser substituído –, foi expulso após mais uma falta em Ronaldo. O que só refletiu o que foi o segundo tempo: muitos cartões, poucas finalizações e um controle do tempo e da partida por parte do Corinthians.

O relógio passou sem maiores problemas. E o Timão manteve o aumentativo no apelido com o 26º título paulista, o primeiro invicto desde 1972. Muito graças a Mano Menezes, que já soma dois títulos no comando do Corinthians e, principalmente, a Ronaldo, que chegou como ídolo e hoje é muito mais do que um símbolo para a Fiel. Loucos, mas felizes, acima de tudo.

Em tempo: Ronaldo está certo em criticar a festa corintiana, ainda no gramado, que por sorte não resultou em queimaduras no corpo do capitão William.

Em tempo 2: o Santos montou um bom time, num bom esquema, com um bom técnico. Mas precisa mais do que isso para alçar vôos maiores. Até porque só resta o Brasileirão pela frente.

Corinthians: Felipe; Alessandro, William, Diego e André Santos (Welington Saci); Cristian, Elias e Douglas (Fabinho); Dentinho (Morais), Ronaldo e Jorge Henrique. Técnico: Mano Menezes.

Santos: Fábio Costa, Luizinho (Molina), Domingos, Fabiano Eller e Triguinho; Roberto Brum, Germano e Paulo Henrique (Róbson); Neymar (Maikon Leite), Kléber Pereira e Madson. Técnico: Vagner Mancini.

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