terça-feira, 21 de abril de 2009

Hora de juntar o cacos

Fluminense: Fernando Henrique, Gabriel, Thiago Silva, Luiz Alberto e Júnior César; Ygor, Arouca, Conca e Thiago Neves; Cícero (Dodô) e Washington; Técnico: Renato Gaúcho.

Do brilhante time que conquistou o vice-campeonato da Libertadores, restaram apenas quatro. Do quarteto remanescente, um deles (Thiago Neves) saiu, voltou e em julho já não estará mais no clube – portanto restarão apenas três.

Como pode um time tão sólido e consistente se dissolver em menos de um ano? Para alguns, o desmanche é visto como um processo inevitável, contínuo e natural. Para mim, é o oposto daquilo que se pode chamar de planejamento futebolístico.

De julho do ano passado para cá, houve mudanças drásticas. As coloridas festas nas arquibancadas do Maracanã foram substituídas pelo abatimento em função da perda do tão sonhado título continental. A torcida se desiludiu, o time se desmantelou por completo e apenas lutou para não ser rebaixado no Brasileirão.

Credenciado por ter livrado o tricolor da degola, René Simões foi mantido no cargo para 2009. E, na contramão da crise financeira que assola o mundo, a patrocinadora do clube continuou investindo pesado.

Mas, ao contrário do ano passado, o time não se encaixou. René não resistiu à pressão e deu lugar a Parreira (que também não conseguiu dar padrão tático à equipe). E os maus resultados neste início de temporada evidenciaram a crise existente nas Laranjeiras em razão das más escolhas na montagem do elenco tricolor.

Contratados a peso de ouro, Leandro (agora entendo a facilidade com que Luxemburgo o liberou), Leandro Amaral e Diguinho não vingaram. E apostas como Leandro Domingues, Xandão e Roger já deixaram o clube. Desta forma, a solução encontrada pela diretoria foi contratar Fred e Thiago Neves, como forma de 'mostrar serviço' à torcida.

Em menos de um ano, o Flu perdeu a base de seu time, sua identidade, seu encanto. O tricolor destruiu aquilo que havia construído. E a reconstrução não veio. É preciso corrigir os erros enquanto há tempo. É hora de juntar os cacos. O momento é delicado, mas apostar na boa garotada de Xerém, realizar contratações criteriosas (que realmente irão agregar valor ao elenco) e se desprender de soluções ilusórias ainda são as melhores saídas para sair do marasmo.

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