quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Que pasa, colchoneros?

Quatro rodadas após o início do La Liga, uma constatação: o Atlético de Madrid ainda não se encontrou. Em quatro jogos, apenas dois empates e duas derrotas. Resultado: penúltima colocação. Depois da humilhante derrota para o Barcelona por 5 a 2, no último fim-de-semana, os colchoneros cederam o empate diante do Almería por 2 a 2. Vaias do público, em pleno Vicente Calderón. Consequência: já pedem a cabeça do técnico Abel Resino.

Na matemática do futebol é sim! Todos sabem a tabuada de cor: não somou pontos, começam a desconfiar do trabalho. Gerou crise, o treinador vai para o olho da rua! Fácil, fácil de decorar!

O que é estranho é que o mesmo Abel, que saiu de uma pequena crise do próprio Atlético há sete meses - após ser eliminado da Champions - ainda conseguiu classificar a equipe para a mesma competição desta temporada. Agora, quatro rodadas depois, tem o cargo ameaçado.

O fato é que Maxi, Forlán e Aguero permaneceram. Chegou Sergio Asenjo, bom goleiro (apesar de não ter atuado nas duas últimas rodadas). Retorno de Cleber Santana. Juanito na defesa. Tudo levava a crer que os problemas ficariam em outro clube. Entetanto, a equipe não se encontrou.

Falta concentração? Um bom indício. Forlán desperdiçou pênalti. O jogo estava nas mãos e deixaram escapar a primeira vitória. Mas dizem que o problema é o lateral-direito. Perea apagadíssimo e muito perdido. Messi brincou por lá, e agora foi a vez de Crusat aprontar.

Dizem que um bom time começa pelo goleiro. No caso dos colchoneros, seria um bom lateral-direito.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Por que técnico brasileiro não dá certo na Europa?


É preciso fazer um trabalho minucioso em relação a este assunto. Futuros Mestres e Doutores, essa é uma tese cabível de ser avaliada: Por que os treinadores brasileiros não conquistam resultados positivos no Velho Continente?

Após a recente demissão de Zico no CSKA; antes já havia ocorrido o desligamento de Felipão pelo Chelsea; e de Wanderley Luxemburgo pelo Real Madrid. É válido ressaltar que todos ficaram menos de um ano no cargo. Por isso, a pergunta do título é pertinente.

O texto a seguir não é uma análise detalhada, mas apresenta pontos a serem discutidos, como idioma, cultura e recursos. Quem sabe no final, o leitor do @arquibaldos tire suas próprias conclusões a cerca do tema...

- Idioma. Ignore a publicidade que há no final do vídeo abaixo, mas perceba a dificuldade de comunicação de Luxemburgo e Felipão, quando eles treinavam, respectivamente, o Real Madrid e o Chelsea.



Tanto os ingleses como os espanhóis não suportam esse ‘dialeto’ utilizado pelos dois treinadores. Por experiência própria, os europeus ignoram ou não dão a mínima para tentar compreender a sua mensagem caso não seja bem transmitida. Esse não é o principal motivo, mas a grande parcela de culpa para os resultados insatisfatórios é a falta de clareza na comunicação na mensagem enviada pelo treinador. Na comunicação, quando o emissor falha, o canal fica comprometido e o receptor é nulo.

Apesar do reforço e das aulas extras para que Felipão e Luxemburgo aprendam com rapidez o idioma de lá. Digo que não é nada fácil aprender uma outra língua do dia para a noite. Principalmente ao Galinho, porque aprender russo não é para qualquer um. Porém, faço uma crítica ao Scolari e Vanderlei, porque mesmo ambos vivendo em grandes centros urbanos – onde é possível encontrar com facilidade cursos de inglês e espanhol - eles poderiam ao menos ter feito uma matrícula em um cursinho para aprender ao menos o 'básico' durante a carreira profisisonal deles.

Atribuo ao fato do êxito de Felipão na Seleção de Portugal devido à proximidade do idioma. Apesar de parecido, o português de lá é diferente do cá, mas nada que algumas poucas semanas, o brasileiro se acostume com o português lusitano. Só quero esclarecer que não foi apenas ao atributo da língua, que gerou sucesso de Luiz Felipe Scolari, ele não é Campeão do Mundo por acaso.

Também é válido ressaltar que o treinador é o símbolo da equipe e precisa se comunicar a todo momento com os seus jogadores. Se o problema fosse apenas o idioma, poucos jogadores brasileiros fariam successo nos gramados da Europa. Mas como o texto ficou um pouco extenso, prometo estender este assunto em futuros post’s...

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O Corinthians com Defederico


14 dias de descanso. Sim, essa é a folga do Corinthians no Campeonato Brasileiro. Tempo suficiente para os estreantes (Marcelo Mattos e Matias Defederico) se entrosarem com o restante do elenco. Acredito que Mano Menezes deveria agradecer a Seleção Brasileira, por causa das Eliminatórias, e também ao Sr. Calendário, que voltou a fazer estragos neste ano no Brasileirão. Por conta dessa longuíssima pausa, o Timão foi se 'esconder' lá em Itu, para reorganizar taticamente o time. Vejamos como será esse ‘novo’ Corinthians...

Felipe, Jucilei, Chicão, Paulo André e Balbuena; Marcelo Mattos, Elias e Defederico; Dentinho, Henrique e Jorge Henrique.

Ao que tudo indica, essa é a equipe titular que deve enfrentar o Coritiba, só na quarta-feira. Como Edu se recupera de lesão, o jogador sequer foi selecionado. Mas será que esse meio-de-campo dará sustento, com Marcelo Mattos, Elias e Defederico?

O ponto forte será a marcação. A dupla de volantes Marcelo Mattos-Elias tem tudo para seguir adiante até a Libertadores. Mas, por enquanto, não vejo o Defederico como o ‘homem da ligação’. Até porque ele não tem características de um '10' para substituir o Douglas. Lá na Argentina, ele jogava mais na frente, quase como um atacante ou um ponta-de-lança. O ideal seria para atuar ao lado de Ronaldo. Portanto, Defederico só cairia bem se o esquema adotado não fosse o 4-3-3, como gosta o Mano, e sim o 4-5-1, como atuava no Huracán, e assim foi até vice-campeão por lá.

Entretanto, só por causa de um jogador, o treinador modificaria todo o esquema tático do time? Se Defederico jogar igual como atuou por lá, a aposta é válida. Caso contrário, ficaria no banco, por quê não? Agora, Jorge Henrique e Dentinho que se cuidem, pois podem até ficar na reserva. Calma, torcida corintiana! Porém, para adotar esse 'novo mais novo' esquema, o Corinthians ainda precisa encontrar o tal ‘homem de ligação’. As vagas ainda estão abertas! Candidatos?

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

A chance de Diego


Confesso nunca ter sido um fã do Diego que despontou no Santos. Tanto que, do trio que surgiu no início da década – ele, Kaká e Robinho -, foi o último a amadurecer futebolísticamente falando. Cresceu muito de produção no Werder Bremen, principalmente na última temporada, mas ainda deixa a desejar quando veste a amarelinha. O camisa 28, que vem voando na Juventus, no entanto, pode se beneficiar indiretamente de mais uma aposta válida de Dunga.

Daniel Alves deu show atuando no meio-campo contra o Chile. É um jogador “world class” no Barcelona, mas o esquema do Brasil não o favorece. Melhor que atue junto a Maicon, com qualidade suficiente para causar estragos pela direita. A vaga, que era (é) de Elano, ganharia em velocidade e manteria a mesma precisão nas bolas paradas. E Dunga teria mais um jogador curinga à disposição, podendo optar por convocar mais um jogador para outra eventual posição carente. Sobraria, atualmente, para Ramires, já que até Julio Baptista, que não tem características alguma de armador, pode fazer uma função mais recuada.

De qualquer forma, não passa pela minha cabeça que Kaká fique fora do time (toc, toc, toc). Mas, caso uma infelicidade aconteça com o “Menino de Jesus”, que a opção do banco de reservas seja um criador. A propósito, creio que Dunga deva ter ainda seis vagas desocupadas (terceiro goleiro, lateral-esquerdo, zagueiro, volante, meia e atacante). Confira a atual seleção brasileira de quem vos escreve:

Titulares: Julio César; Maicon, Lucio, Juan e Fabio Aurélio; Denílson, Felipe Melo, Daniel Alves e Kaká; Nilmar e Luís Fabiano.

Reservas (por posição): Victor; Thiago Silva e Alex; Marcelo; Gilberto Silva, Lucas, Elano e Diego; Robinho e Pato.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Presença


"...o Brasil hoje é presença no mundo. Presença no Brasil é..." Não se engane, se você pensou que o assunto seria publicidade aqui no Arquibaldos. Não é sobre banco, mas sim sobre a presença de Adriano. Confesso que de imediato, não havia captado a escolha de Dunga pelo atacante do Flamengo na última lista de convocação. Porém, cinco segundos depois, a ficha caiu. Motivo: Argentina.

Não há como esquecer da final épica da Copa América de 2004, ou do massacre da final da Copa das Confederações, em 2005. Adriano foi fundamental para as duas conquistas. Por isso, ele estará presente no jogo de sábado.

Não importa se a fase não é boa, ou seja até artilheiro. Como diria o anúncio do banco, o que importa é presença. E Adriano tem presença. No treino da Seleção na antevéspera do confronto, 1 a 0 reservas. Gol de quem? Dele mesmo!

Se a missão é enfrentar a Argentina, não pense duas vezes, chame Adriano. O espírito dele muda, e até os hermanos estejam mais preocupados, só por causa da presença dele. Lá vem a palavra de novo! Não há como escapar... O que vale é presença.

Caro Dunga, Adriano no segundo tempo, por favor!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

As escolhas de Maradona


Por capricho ou soberba, Maradona não convoca Riquelme nem Cambiasso para a seleção argentina. Atualmente, o volante da Inter de Milão se encontra lesionado, mas a visível falta de peças no meio-campo e as convocações para lá de contestáveis de Schiavi, Sebá, Braña e Palermo deixam claro que o treinador ainda não encontrou um time às vésperas do clássico contra o Brasil.

Rolando Schiavi, de 36 anos, e Martín Palermo, de 35, já beiram o fim de carreira. Sebá, ex-Corinthians, nunca foi parâmetro de qualidade, ainda que as opções para a zaga não sejam confiáveis. Rodrigo Braña, campeão da Libertadores pelo Estudiantes, se surpreendeu com a convocação. Ao todo, em somente 8 partidas, Maradona convocou 57 jogadores. A efeito de comparação, Dunga, que ainda é visto com desconfiança por escolhas duvidosas, chamou 78 atletas para 46 jogos.

O esquema tático também não encaixou. Maradona testou três atacantes – Messi, Tevez e Agüero -, mas a falta de um centroavante alto e forte enfraqueceu a bola área argentina. Hoje a solução pode ser Lisandro López, que começou a temporada voando pelo Lyon, e foi o mais votado como opção para atuar ao lado da Pulga em enquete do site “Olé”. Ainda sem um pilar na criação, Tevez poderia ser testado.

Os problemas são muitos: Verón, Diego Milito, Burdisso e Bataglia dificilmente terão condições de jogo. E sobra um palpite animador: a Argentina perderá a invencibilidade de 41 jogos em casa.

Tá podendo assim, é?


O Botafogo encara o confronto contra o Atlético-PR, pela Sul-Americana, como mera formalidade e parece rezar para ser eliminado. Sim, o Alvinegro está na zona de rebaixamento, mas, pelo futebol que tem apresentado, não dá para acreditar que vai cair para a Série B (a não ser que continue sendo 'garfado', como tem acontecido).

Aí, o bom treinador Estevam Soares decide escalar apenas um titular - Victor Simões -, enquanto o Furacão vai com força máxima, e tem os mesmos riscos do time carioca na Brasileirão, apesar dos últimos resultados terem sido na maioria satisfatórios. Quem está certo?

Acho que é o Rubro-negro. Além das cotas de TV da competição, o campeão leva pra casa 1 milhão de dólares. Levando o caneco, o clube ainda leva mais 850 mil dólares na próxima temporada pelas disputas da Recopa e da Copa Suruga. O Bota nada em dinheiros? Longe disso; a folha salarial da equipe é uma das menores do Campeonato Brasileiro. Vale ressalvar que este último fato é pelo bom senso da diretoria que quer o salário de todos em dia.

Mas é tão impossível assim disputar dois campeonato ao mesmo tempo? Os atletas não aguentam dois jogos por semana? Não dava para, pelo menos, escalar o famoso 'misto quente', colocando em campo os jogadores que estariam aptos a atuar? Eu tenho as minhas respostas na ponta da língua, sem pestanejar. E você?

Fatos (sur)reais


A história abaixo é baseada em fatos (sur)reais:

Cuca atendeu ao telefone pela manhã e recebeu o convite da trupe do Fluminense:

- Cuca, sabemos que sua saída do Fluminense em 2008 não foi muito amigável. Pior ainda foi sua passagem pelo Flamengo, mesmo tendo conquistado o único título de sua carreira. Mas nós demitimos o Renato Gaúcho e o vemos, num consenso, como melhor opção no mercado. Oferecemos X.

Ao perceber que a diretoria está encurralada e sem opções diante das recusas de quem preza pelo futuro de sua carreira, Cuca entra em acordo e fecha sua segunda passagem pelo Tricolor em praticamente um ano. Mesmo com um passado recente para lá de polêmico na Gávea, além de ter declarado outrora não trabalhar com a mesma trupe que a cada dia reinventa um significado do “inacreditável”.

O fato não é restrito ao novo treinador. O antecessor, Renato Gaúcho, passou por quatro vezes pelas Laranjeiras desde 2003. Inacreditável por si só.

Não satisfeito, o vice-presidente de futebol, Tote Menezes, declara pensar na possibilidade de antecipar as férias caso o time seja mesmo rebaixado. Esforço, pelo visto, não tem faltado para tal.

O Fluminense ocupa a lanterna do Campeonato Brasileiro, com campanha pior do que a do Santa Cruz em 2006, que somou irrisórios 28 pontos ao fim da competição. Fez, ao longo do ano, quase 30 contratações, e dispensou/recontratou quatro comissões técnicas e dirigentes de caráter contestáveis. Em sua maioria, escolhas precipitadas que rendem ao clube salários fora da realidade e multas elevadíssimas em casos de rescisão.

Hoje, no mundo, não há quem não possa reclamar de amadorismo. A palavra também se atende por Fluminense.

sábado, 29 de agosto de 2009

Sábado recheado


Criei o hábito de toda sexta-feira separar parte do meu dia e planejar o fim de semana em frente à TV. Torço, obviamente, para que os melhores jogos estejam longe das manhãs que me causam mau humor. Mas meu sono foi abençoado neste sábado e acabei premiado com dois grandiosos clássicos.

O primeiro, Manchester United 2 x 1 Arsenal, não fugiu muito à regra. Futebol veloz, dinâmico, e um jogo que não parava. Mesmo em Old Trafford e sem Fabregas, os Gunners criaram as melhores oportunidades e até mereciam um resultado melhor não fosse o azar de Diaby. O que comprova que os Red Devils estão ainda alguns patamares abaixo – em matéria de futebol e elenco – do time tricampeão inglês. Não viu nada? Clique aqui.

O segundo e último, Internazionale 4 x 0 Milan, goleada impiedosa de um time que mostrou estar pronto para os desafios em um outro dependente dos lampejos de um jogador difícil de depositar esperanças. Se Sneijder pegou a camisa 10 e teve atuação brilhante junto a Diego Milito, Ronaldinho continuou reclamando muito e fazendo pouco. Triste como os Rossoneri, em lento processo de renovação. Leonardo entrou numa barca furada, e pelo visto Thiago Silva também. Haja gols de Pato, o melhor rubro-negro em campo, para que consigam uma mísera vaga na Liga dos Campeões. Muito pouco para o gigante que é o Milan.

É cedo para avaliar? Talvez, mas não há dinheiro que caia do céu para cobrir tantas apostas erradas. Quem ri à toa é José Mourinho, com toda a justiça. Clique aqui para ver o massacre.

Ah, graças ao capitalismo da SKY, não pude assistir Real Madrid 3 x 2 Deportivo La Coruña, com boa atuação de Kaká. Acredito que os merengues se encontrem, mas o favorito sempre foi e ainda é o Barcelona.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

É a Liga das Estrelas?


Fazia tempo que o La Liga não criava tamanha expectativa como agora. Isso porque os dois últimos vencedores do ‘Melhor Jogador do Mundo da FIFA’ – e até o futuro ganhador do prêmio – participam do campeonato. As meteóricas contratações também fazem parte da mesma liga. Tudo leva a crer que de fato, o Campeonato Espanhol recuperou o prestígio de ‘A Liga das Estrelas’.

Estrelas porque só o Barcelona e o Real Madrid chutaram a crise mundial para escanteio e juntos gastaram 358 milhões de euros. Cifras que contrastam com o mercado atual e com o restante das 18 equipes que compõem o campeonato.

Talvez esta seja a maior crítica, porque Real e Barça monopolizaram e criaram um campeonato bipolar. No mercado de apostas, a cotação dos merengues e dos culés está em disparada. É até estranho, mas Sevilla, Atlético, Valencia e Villarreal são ‘apenas’ candidatos a Champions, porém prontos para incomodar os ‘grandes favoritos’.

O Sr. dos Títulos da temporada está preparado para continuar no reinado. O troca-troca entre Eto’o e Ibrahimovic parece fazer bem aos catalães. No quesito técnica e bola na rede, creio que o sueco cairá como luva nesse ataque fulminante, junto com Messi e Henry. A posição mais carente foi bem reforçada, não há como negar que a contratação de Maxwell foi certeira. Outro ponto em destaque é a zaga, com a chegada do ucraniano Chygrynskiy. Além do retorno de Henrique, que estava emprestado ao Bayer Leverkusen. A ausência desta temporada (se é que podemos dizer), é a saída de Hleb para o Stuttgart, pouco aproveitado - até porque com Xavi e Iniesta de titulares, seria difícil encontrar espaço.

Realizar o sonho de todo torcedor. A política adotada por Florentino Perez foi causar impacto na concorrência. Por isso, reformulação total. O esquadrão holandês de outras temporadas cedeu espaço a uma nova constelação. Sneijder (Inter de Milão), Huntelaar (Milan) e Robben (Bayern) deixaram o clube pela porta dos fundos, enquanto que pelo tapete vermelho, Kaká, Benzema e Cristiano Ronaldo chegaram com outro status. Porém, só para deixar o torcedor - aquele nacionalista - mais satisfeito, Florentino atendeu o pedido. Mais espanhóis no time. Xabi Alonso, Arbeloa e Albiol chegaram para finalmente acabar com a peneira que era a zaga merengue. No comando, o competente Manuel Pellegrini deverá ter jogo de cintura para chefiar a tropa estrelar.

Sem contar com Real e Barça, o Sevilla foi a equipe que mais gastou no mercado. Dezessete milhões de euros para contratar o atacante Álvaro Negredo - revelação da temporada passada, ao atuar no Almería -, que não teria espaço no Real Madrid neste ano. Florentino que não é bobo, ao perceber o potencial dele, terá opção de compra nos primeiros dois anos de contrato. Luis Fabiano e Kanouté que se cuidem, pois Negredo é candidato a roubar o posto de titular.

O ponto chave do Atlético de Madrid foi a continuação da dupla Aguero-Forlán. Se quiser buscar vôos mais altos, sem dúvida nenhuma essa foi a melhor opção. Não podemos esquecer da contratação do herdeiro de Casillas na Seleção Espanhola. Sergio Asenjo, que salvou o Valladolid do rebaixamento, é o camisa 1 absoluto, até porque Coupet e Leo Franco foram vendidos. Outra boa contratação é a chegada a custo zero do experiente zagueiro Juanito, ex-Bétis.

O Valencia adotou a mesma estratégia do Atlético. Apesar do assédio de outros clubes, David Silva e David Villa ficaram. Porém, o cofre do Valencia precisa ser abastecido. Por conta disso, dez jogadores vendidos e cinco cedidos. Destaques para o goleiro Renan (cedido ao Xerez); Morientes (vendido ao Olympique); e ao já citado Albiol (vendido ao Real Madrid).

Por último, o Villarreal, que na temporada passada teve o ataque como ponto fraco, reforçou-se com o talentoso Nilmar. Os jogadores da Seleção da Fúria, Santi Cazorla e Marcos Senna, seguem na equipe. Não podemos esquecer do Espanyol, ao apostar no japonês Nakamura, ex-Celtic.

O La Liga 09/10 está pronto para começar! No sábado destaque para os jogos de Deportivo x Real Madrid, às 15h. No domingo, Atlético x Málaga, às 12h e Sevilla x Valencia, às 14h. Na segunda, Sporting x Barcelona, às 17h. Agora, nos dias 28 de novembro e 10 de abril marque na agenda que você terá compromisso. Prepare-se, pois será dia de clássico. O primeiro jogo será no Camp Nou e o seguinte, no Santiago Bernabéu.

Bom Campeonato Espanhol para todos!

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Que venha a Champions!


Até quem não entende nada de futebol, ficou empolgado com o sorteio da fase de grupos da Champions League. Logo na primeira rodada, Inter de Milão x Barcelona. Quem apostou nesta hipótese, corra porque a Mega-Sena espera por você. Eto’o x Barça. Ibrahimovic x Inter.

Falando em confronto de ex-equipes, quem apostaria que Real Madrid e Milan caíssem no mesmo grupo? Por isso que até a minha mãe (uma negação em futebol) ficou contente com o sorteio, tão inesperado. Por causa dessas duas ‘sortes’ (para nós, é claro!), o Grupo C e o F são considerados a pedra no sapato.

Grupo C: Milan, Real Madrid, Olympique de Marselha e Zurich. Não se espante, caso Leonardo fique de fora da próxima fase. Com esse futebol, até agora apresentado, é bem capaz de essa previsão ser concretizada. Real Madrid e Olympique avançam.

Grupo F: Barcelona, Inter de Milão, Dínamo de Kiev e Rubin Kazan. Os ex-soviéticos virão com tudo atrás de uma vaguinha. Quem avisa amigo é, Barça e Inter que se cuidem.

Não pense que só apenas os grupos citados acima estão equilibrados, pois repare só no Grupo A - Bayern de Munique, Juventus, Bordeaux e Maccabi Haifa. A equipe israelita é carta fora. Entretanto, qual dos três você arriscaria que não passa de fase? Pensou? Ainda tem tempo? Sim, eu também escolheria o Bayern, que há muito tempo não incomoda mais.

Também é complicado definir os classificados do Grupo E. Liverpool é certo de ir, Debrecen (quem?) é certo de voltar para casa. Agora, entre Lyon e Fiorentina, sou mais a equipe de Lucho González.

A partir de agora, é só baba. Os torcedores do Arsenal estão até agora agradecendo o presente do grupo H. Até porque, dividir grupo com AZ Alkmaar, Olympiacos e Standard de Liege é brincadeira. Dos três, o clube holandês é o candidato para subir de nível.

A outra torcida inglesa que ri à toa é o Chelsea. No grupo D, os Blues estão garantidos, porém a outra vaga será uma briga acirrada. Atlético de Madrid ou Porto? Difícil definir o vencedor! Só voto nos colchoneros, por causa da dupla Aguero-Forlán. O APOEL Nicósia completa a figuração.

Quem também fará papel de figurantes será o Sevilla, além do Stuttgart. Até porque os dois times já estão classificados, nem precisam jogar. O motivo é porque Rangers e Unirea Urziceni completam a tabela do grupo G.

Falta pouco para o pontapé. Vale lembrar que nos dias 15 e 16 de setembro será disputada a primeira rodada da competição. Estamos no aguardo, estamos à espera de muito futebol e de partidas memoráveis.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Abaixo aos estaduais


Início de janeiro. Ainda em volta com contratações, os principais clubes do país reapresentam seus respectivos elencos incompletos e viajam para uma pré-temporada de no máximo 15 dias. Precoce. Mal estão de volta e já se veem com os campeonatos estaduais ocupando os domingos e quartas-feiras praticamente até maio, quando começa de fato o ano no futebol brasileiro. O mata-mata da Libertadores coincide com o afunilamento da Copa do Brasil e início do Brasileirão. Craques cada vez mais rareados ainda em território nacional, bons jogos, e muita emoção: é o ápice.

Depois, jogos em demasia do Campeonato Brasileiro, que vai perdendo sua “magia” e empolgação até chegar a Copa Sul-Americana, quando, na maioria das vezes, os clubes preferem colocá-la como segundo plano. Para, em dezembro, “comemorarem” uma das oito vagas que a competição internacional fornece. Um ciclo vicioso que não traz benefício algum.

Muito se fala de transferências para o exterior – como se fosse reversível diante do atual panorama financeiro –, mas a falta de espaço tem sido um dos maiores problemas do calendário atual. E o debate em torno da adaptação à Europa não deveria ser neste sentido.

São poucos os países que adotam a liga entre agosto e maio: Inglaterra, Espanha, Itália, França, Alemanha, Portugal, Holanda... E para onde vão nossos jogadores? Para a Ásia. Ao menos a imensa maioria deles. No caso das exceções, como Nilmar indo para o Villarreal, a saída é inevitável. Não há nem o que lamentar, visto a desigualdade que vai além do futebol. Em outros casos, boa parcela de “culpa” vai para a Lei Pelé, que obriga o clube a esconder uma grande promessa até que possa fazer um contrato duradouro e milionário. Estas ligas representam atualmente cerca de 13% das transferências para o exterior.

Na liga da Rússia, que conta com Ibson, Alex, Rafael Carioca, Wagner, Welliton e outros tantos brasileiros, o campeonato começa em março, com fim em novembro. Lá se respeita o rigoroso inverno, assim como o fazem com o verão nos países mais tropicais. No entanto, o Arquibaldos não é a favor de uma mudança radical no calendário. E, sim, de algumas adaptações cruciais.

O que fazer, então? Para quê tantas datas? As TVs não sobrevivem alguns fins de semana sem futebol? Há necessidade de 87 datas no futebol brasileiro? Qual a função dos estaduais? Iludir times mal-preparados? Nos tornaremos obsoletos pela manutenção da “tradição”? Algumas sugestões abaixo:

MESES

Janeiro: férias e pré-temporada
Fevereiro: fim da pré temporada, Recopas Sul-Americana e Brasileira, e primeiras fases da Libertadores, Sul-Americana e Copa do Brasil
Março até Setembro: Libertadores, Sul-Americana, Copa do Brasil e Brasileirão
Outubro: final da Copa do Brasil e Libertadores, Sul-Americana e Brasileirão
Novembro: finais de Libertadores e Sul-Americana e reta final de Brasileirão
Dezembro: final do Brasileirão, Mundial FIFA e férias

OBS: não haverá jogos em quaisquer datas FIFA.

CAMPEONATOS

Taça Libertadores: com uma fase pré, com os oito últimos classificados. No total, 40 clubes (32 para a fase de grupos)
Copa Sul-Americana: idêntico a Libertadores, mas com clubes diferentes. É importante para valorizar a competição, incluindo um número menor de vagas para os brasileiros.
Copa do Brasil: 256 clubes, aumentando em duas fases e dando direito a imensa maioria dos clubes profissionais a jogar. Inclusive os que disputam a Libertadores e Sul-Americana
Campeonato Brasileiro: 38 datas e 20 clubes, com jogos quase somente nos fins de semana
Mundial FIFA: O atual é ideal, com duas datas para os europeus e sul-americanos.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Boa sorte, Leonardo (vai precisar)

Nosso querido Leonardo, ex-jogador que brilhou, principalmente, por Flamengo, São Paulo e Milan, aceitou o convite de ser o treinador do Rubro-negro italiano nesta temporada. Emprego dos sonhos? Talvez, de cara, dê para dizer que sim. Comandar um gigante da Itália e ter reais chances de conquistar um título de peso no Velho Mundo. Mas não é bem assim...

Essas últimas afirmativas podem ser feitas pela história do clube, e só. Com o atual elenco, não dá para acreditar em muita coisa. Campeonato Italiano? Juventus e Inter estão alguns passos adiante. Champions League? Os fãs do time que me desculpem a sinceridade, mas é melhor cair para a Copa da Uefa e tentar uma sorte melhor na ‘Sul-Americana’ da Europa – posso queimar a língua, mas não acredito que o troféu vá para algum lugar diferente da Espanha ou Inglaterra. Copa da Itália? Nas últimas temporadas, o Milan não tem dado a mínima para o torneio, e não creio que na atual será diferente.

Talvez essas certezas possam parecer um pouco dramáticas demais, mas vamos analisar o elenco, e usar o time-base (em negrito) que Victor Canedo colocou no post sobre o Calcio.

Goleiros: Abbiatti, Dida, Storari e Flavio Roma – Todos seriam bons reservas para o Rubro-negro, e só. Que o brasileiro me perdoe, mas falta AQUELE camisa 1.

Defensores: Zambrotta, Nesta, Thiago Silva, Jankulovski, Kaladze, Onyewu, Favalli, Bonera, Oddo e Antonini – a mescla Thiago Silva e Nesta tem tudo para dar certo. Os reservas (tirando Oddo e Antonini) jogam na ala e no meio do zaga, e como zagueiros são boas opções. Agora, as laterais... Zambrotta e Jankulovski já tiveram o auge da carreira e hoje não rendem tanto. Os suplentes não inspiram confiança. Se os titulares já não são ‘aquela coisa’, não dá para confiar tal setor do Milan aos pés de Oddo, Favalli, Kaladze, Antonini...

Meio campo: Gattuso, Pirlo, Seedorf, Ronaldinho, Cardacio, Flamini, Abate e Ambrosini – Os titulares são bons. Aliás, acredito que uma das últimas chances do meia brasileiro voltar a jogar bem é com Leonardo, mas todos sabem que ele não será o mesmo de 2003, 2004 e 2005. Ambrosini é o primeiro reserva; se qualquer um dos titulares sair (lesão, suspensão...), a vaga é dele. O loiro experiente até vai, mas depender de Flamini, Abate e Cardacio para grandes jogos, não sei não...

Atacantes: Pato, Huntelaar, Inzaghi, Borriello, Tabaré, Gianmarco, Di Gennaro – Os quatro primeiros são bons, apesar de eu achar que falta um centroavante com mais nome para jogar ao lado de Pato. Mas, O.K., o holandês pode dar conta do recado de matador. Borriello é um bom nome para se ter no banco, e Inzaghi também, mas este tem que ficar menos em impedimento e perceber que não é mais o Pippo de outrora. Os outros são apenas jogadores de emergência.

Acho que para o Milan e Leonardo terem uma boa temporada ainda faltam algumas coisas – peças. Goleiro, lateral-direito, lateral-esquerdo, volante e meia. Pedindo demais? Talvez... Mas para o Rubro-negro ser grande, precisa pensar na mesma proporção, e não foi o que a diretoria, a princípio, planejou para 2009/2010. Kaká já passou e Maldini também (este até depois da hora).

Leo tem o respeito e a admiração que um ídolo merece da torcida e do clube e tem tudo para dar certo nesta nova função. Apesar da boa estreia (2 a 1 sobre o Siena, com belas atuações de Pato e Ronaldinho), vale lembrar que ele não é mágico e nem milagreiro. Mas... Tomara que ele contrarie todas as ideias que este chato escreve, e mude a rotina de treinadores brasileiros em grandes clubes da Europa. Apoio não vai faltar.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

E lá vem o Calcio...


Permitam-me a analogia, mas o Campeonato Italiano 2009/10, que se inicia neste fim de semana, me lembra do estadual do Rio de janeiro. Em suas devidas proporções, é claro, antes que algum corneta se convença do contrário. É uma competição acima de tudo charmosa, mas com um futebol cada vez mais escasso, seja pela perda das maiores constelações, caso de Kaká e Ibrahimovic, para uma liga rival e agora superior, ou pelas péssimas arbitragens que volta e meia protagonizam escândalos.

Mas, se nos anos anteriores a Internazionale foi soberana e merecedora de, pelo menos, três dos quatro títulos conquistados – um veio no tribunal -, a atual temporada promete um equilíbrio maior com o investimento da Juventus, e do amadurecimento dos elencos de Fiorentina, Genoa e Napoli. Sem deixar de lado a Roma, que a princípio começa o campeonato renovada das inúmeras lesões que afastaram, entre outros, Totti e Juan, e o Milan, ainda uma incógnita sob comando de Leonardo.

Longe do muro, alguns pitacos sobre as perspectivas dos principais times na Terra da Bota:

Internazionale
- Se Ibrahimovic, a única baixa considerável no elenco nerazzurri, é um craque que faz diferença, Samuel Eto’o não foge da raia. E com o camaronês vieram ainda o muito bom atacante Diego Milito, Lucio, contratado a custo zero, e o volante Thiago Motta. Além do provável reforço do meia holandês Sneijder. José Mourinho continua com o melhor elenco da Itália em mãos. E com um ego do tamanho de seu currículo.

Time-base: Júlio César; Maicon, Lúcio, Chivu e Zanetti; Muntari, Cambiasso e Thiago Motta; Stankovic (Sneijder); Milito e Eto’o. Técnico: José Mourinho.

Juventus
- Além dos retornos de Cannavaro, ainda contestado por abandonar o barco em 2006, e das contratações de Felipe Melo (R$ 70 milhões) e Diego (R$ 68,8 milhões), a Juventus inicia o Calcio finalmente almejando o caneco. Maior campeã com 27 scudettos – Inter e Milan vêm bem atrás com 17 -, a Velha Senhora conta ainda com uma mudança importante na comissão técnica: o ex-zagueiro Ciro Ferrara foi efetivado no lugar do contestado Claudio Ranieri. Time pronto para render e ser liderado pelo trio brasileiro, em especial Diego, ignorado por Dunga em suas convocações. Mas quem não é...

Time-base: Buffon; Grygera, Cannavaro, Chiellini e Molinaro; Felipe Melo, Marchisio (Sissoko), Camoranesi e Diego; Amauri e Del Piero. Técnico: Ciro Ferrara.

Milan
- A grande desconfiança em cima do Milan não é razão apenas da venda de Kaká, certamente não reposta à altura, ou da aposentadoria de Maldini. A equipe do brasileiro Leonardo fez uma pré-temporada de baixíssimo futebol apresentado, e acumulou quatro derrotas, quatro empates e apenas uma vitória nos nove jogos que disputou mundo afora. Também é para lá de arriscada a aposta de que Ronaldinho irá reencontrar o futebol perdido em algumas boates de Barcelona ou Milão. De bom, a estreia de Thiago Silva, que dará outra cara à defesa junto a Nesta, e a promessa de uma boa temporada para Alexandre Pato.

Time-base: Abbiati; Zambrotta, Nesta (Onyewu), Thiago Silva e Jankulovski; Gattuso, Pirlo e Ambrosini; Ronaldinho; Pato e Huntelaar. Técnico: Leonardo.

Roma
- A Roma chega para a temporada mais fraca do que como terminou. Vendeu Aquilani ao Liverpool e, a 10 dias do fechamento do mercado, não trouxe nenhum grande jogador. Destaque, talvez, para Guberti, que foi um dos melhores da Série B pelo Bari. O clube ainda negocia uma troca entre Julio Baptista por Mancini, Suazo e Burdisso. Acho improvável. A esperança é de que Juan, Totti e companhia não se lesionem com tamanha freqüência como em 2008/2009. Caso contrário, uma vaga na Liga dos Campeões será mais uma utopia do que outra coisa.

Time-base: Doni; Motta, Mexès, Juan e Riise; Taddei, De Rossi, Pizarro e Guberti; Vucinic e Totti. Técnico: Luciano Spalletti.

Fiorentina

- Após Inter e Juventus, a Fiorentina é quem tem o elenco mais homogêneo. Perdeu Felipe Melo, mas repôs com os razoáveis Marchionni e Cristiano Zanetti. Na frente, Gilardino segue fazendo os seus gols. O técnico Cesare Prandelli, elogiado pela mídia, ainda conta com o jovem Jovetic, que pode estourar de vez e dar mais motivos para que a Viola se fixe como a terceira força da Itália nesta temporada.

Time-base: Frey; Comotto, Gamberini, Natali e Pasqual; Kuzmanovic, Montolivo; Marchionni, Mutu e Vargas; Gilardino. Técnico: Cesare Prandelli.

Genoa
- Sem Diego Milito, o Genoa investiu em outros dois argentinos para o ataque: o experiente Crespo e Rodrigo Palácio, que finalmente deixou o Boca Juniors. Thiago Motta, Ferrari e Rubinho também deixaram o clube, o que fez o time-base mudar radicalmente. Mesmo sem o elemento surpresa, acredito que os Grifoni ainda podem incomodar.

Time-base: Amelia; Sokratis, Bocchetti e Moretti; Rossi, Zapater, Kharja e Criscito; Palacio, Crespo e Palladino. Técnico: Gian Piero Gasperini.

Napoli
- Apenas o 12º colocado após bom início na temporada passada, o Napoli resolveu ir às compras. Ainda em março, veio o técnico Roberto Donadoni. E, no mercado, cinco contratações para o time titular: o goleiro De Sanctis, o zagueiro Campagnaro, o ala-direito Zuñiga, o volante Cigarini e o atacante Quagliarella. Sem contar com as permanências de Lavezzi e Hamsik. Com o apoio incondicional em San Paolo, uma briga pelo quarto lugar parece realidade.

Time-base: De Sanctis; Campagnaro, Cannavaro e Contini; Zúñiga, Gargano, Cigarini, Hamsík e Maggio; Lavezzi e Quagliarella. Técnico: Roberto Donadoni.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

O salvador da Pátria?

Vinte anos após a exibição do último capítulo da telenovela O Salvador da Pátria, em agosto de 1989, ocorrerá um 'Vale A Pena Ver De Novo' lá em Portugal. Isso porque o atacante Liedson, do Sporting de Lisboa, obteve, finalmente, a identidade portuguesa e poderá livrar a Seleção de Carlos Queiroz de uma possível não-classificação para a Copa do Mundo de 2010. Classificação essa, considerada por muitos, missão para Ethan Hunt.

Com quatro rodadas para o final, a Seleção Portuguesa é apenas a 3ª colocada do Grupo A, das Eliminatórias Europeias, a 7 pontos atrás da Dinamarca, líder, e 4 da Hungria. (confira a tabela dos próximos jogos do Grupo A abaixo). Vale lembrar que apenas a primeira colocada tem vaga assegurada, e quem terminar na segunda posição precisa passar por uma repescagem antes.


Mesmo com Cristiano Ronaldo, Deco, Simão e Ricardo Quaresma na seleção lusitana, uma das principais críticas recebidas pelo time de Carlos Queiroz é, justamente, a falta de um centroavante. Nuno Gomes não empolga como antes, e o artilheiro português de todos os tempos é o ex-jogador Pauleta, com 47 gols. Por isso, com essa dupla nacionalidade, Liedson já é considerado a peça que faltava lá na terra dos nossos colonizadores.

Com a identidade em mãos, o atacante luso-brasileiro espera concluir em breve três objetivos: a convocação pelo treinador Carlos Queiróz para os próximos jogos; receber o passaporte para poder viajar com a Seleção; e carimbar o passaporte para ir à Africa do Sul, em 2010.

Todos sabem que o último desejo é o mais complicado, se completar a última meta, Liedson será considerado por muitos 'O salvador...'.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Paraná 2007 x Sport 2009


Não é novidade que o Sport vive um inferno astral neste ano desde que foi eliminado da Libertadores. O Leão parecia uma equipe muito forte no início da temporada. Foi tetracampeão pernambucano invicto e teve a melhor campanha na fase de grupos do torneio continental. Porém, vieram as oitavas de final, o Palmeiras e São Marcos - o Rubro-negro acabou eliminado nos pênaltis pelo time paulista.

Depois, o Sport não conseguiu mais se reabilitar, e sente isso no Campeonato Brasileiro. Derrotas frustrantes (como a do último domingo para o São Paulo) e apenas três triunfos (contra Flamengo, Grêmio e Goiás). Hoje, o Leão é o lanterna do Brasileirão e corre sério risco de rebaixamento.

Em 2007, o Paraná viveu uma situação parecida. Em 2006, foi quinto colocado no Campeonato Brasileiro e conseguiu uma vaga na Libertadores da temporada seguinte. Assim como o Sport, o Tricolor fez uma campanha razoável e foi eliminado nas oitavas de final, pelo Libertad, do Paraguai. No Brasileirão, a equipe sofreu e acabou rebaixada.

Se não se cuidar, o Sport terá o mesmo destino que o Paraná e voltará à Segundona depois de dois anos na Série A.

Hoje, depois do fim do primeiro turno, o Leão possui apenas 13 pontos conquistados. Em 2007, na mesma etapa da competição, o Paraná era o 15º colocado, com 24 pontos e seis vitórias: campanha bem superior do que a dos pernambucanos hoje. O Tricolor terminou a competição em penúltimo lugar, com 41 pontos e onze vitórias. O Goiás, que foi o 16º colocado, fez 45 pontos e conseguiu 13 vitórias. Aliás, esta soma de pontos de Esmeraldino é a considerada necessária para se livrar do rebaixamento.

Para permanecer na Série A, o Sport terá que no returno ter um aproveitamento quase três vezes melhor do que teve na primeira etapa do Brasileirão. Pelos recentes resultados e apresentações da equipe, é difícil acreditar que consiga. O time tem potencial, mas precisa de reforços.

E aí, o Leão aguenta firme na Primeira ou cai para a Segundona?

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Faltam só 19


Para a maioria dos times do Brasileirão, faltam apenas 19 rodadas. O asterisco presente na tabela de classificação, no entanto, não atrapalha os planos e metas de cada um. Campeão de turno é bobagem, por mais que somente o Grêmio-2008 não tenha levantado o caneco após o título de “inverno”. De promissor em maio, o campeonato chegou à metade como nas outras temporadas: morno. O que não impede de tecer alguns pitacos.

- Palmeiras, Internacional e São Paulo brigarão pelo título. Acredito que dessa vez sem intrusos. Mas ainda é cedo para chamar a bola de cristal. Edu ainda estreará no Colorado. Vagner Love negocia com o Palmeiras. E, no São Paulo, todo mundo resolveu jogar.

- Dos menos assediados, o Goiás tem mais elenco que o Atlético-MG e deve brigar por uma vaga no G-4 até o fim. Vale ressaltar que Felipe ainda volta de lesão, enquanto Fernandão sequer estreou – bom ou ruim?. O Avaí teve seus impressionantes minutos de fama, mas uma queda de rendimento me parece inevitável. O que não tira de forma alguma os méritos de Silas. Palpite? Vaga na Sul-Americana.

- Flamengo e Grêmio são casos de clara instabilidade. O que, até o fim, fará diferença num desejo por vaga na Libertadores-2010. O Corinthians, já classificado, pode se dar ao luxo de se manter no meio da tabela, muito embora jogue toda a pressão da torcida contra o time em alguns momentos. Cruzeiro? Desperdiçou muito tempo e não deve passar de uma vaga na Sul-Americana.

- Quanto ao rebaixamento, curto e grosso. Candidatos: Sport, Fluminense, Náutico, Santo André, Barueri, Botafogo e a dupla paranaense. Talvez na ordem.

Por fim, minha seleção do primeiro turno no 4-3-3:

Marcos (Palmeiras);

Apodi (Vitória)
André Dias (São Paulo)
Welton Felipe (Atlético-MG)
Júlio César (Goiás);

Pierre (Palmeiras)
Willians (Flamengo)
Cleiton Xavier (Palmeiras);

Fernandinho (Barueri)
Diego Tardelli (Atlético-MG)
Adriano (Flamengo).

Técnico: Silas (Avaí).

Muitas menções honrosas para Felipe (Corinthians), Réver (Grêmio), Miranda (São Paulo), Márcio Azevedo (Atlético-PR), Jean (São Paulo), Adilson (Grêmio), Sandro (Internacional), Ramalho (Goiás), Rodrigo Souto (Santos), Jucilei (Corinthians), Hernanes (São Paulo), Souza (Grêmio), Andrezinho (Internacional), Leandro Domingues (Vitória), Thiago Humberto (Barueri), Diego Souza (Palmeiras), Marquinhos (Avaí), Marcelinho Paraíba (Coritiba), Felipe (Goiás), Iarley (Goiás), Emerson (Flamengo), Gilmar (Náutico), Dagoberto (São Paulo), Hélio dos Anjos (Goiás)...

Pitacos sobre a Premier League


Não há como negar que um Cristiano Ronaldo faça enorme diferença de qualidade. Mas a Premier League pode se dar ao luxo de perder o português para o futebol espanhol que continuará sendo a liga número 1. Em organização e nível de futebol jogado. A primeira rodada da temporada 2009/2010 finalmente (que saudade!) aconteceu neste fim-de-semana. E já merece alguns pitacos.

- O bloco dos 4 realmente ganhou a inclusão do Manchester City, que precisa antes definir o time titular e esquema tático. Robinho não tem vaga nos meus 11, embora tenha moral além da conta com Mark Hughes. Mas, numa possível queda de braço com Shaun Wright Phillips, creio que sairá atrás.

- A goleada do Arsenal é surpreendente mais pela baixa expectativa sobre o elenco do que qualquer outra coisa. Os Gunners costumam criar falsas esperanças durante o primeiro turno. Foi assim em 2007/2008, com Hleb, Flamini e Rosicky desequilibrando, quando fizeram 44 pontos nas 19 primeiras rodadas. Agora, contam com um Denílson mais amadurecido e um Arshavin durante toda a temporada. Pouco para quando o time precisar de elenco, apesar do alto nível técnico de seus titulares. Meu palpite? Briga pela última vaga na Liga dos Campeões.

- No melhor estilo Ancelotti, o Chelsea estreou com vitória, digamos, eficiente. Os Blues mantiveram a base e ainda trouxeram o ótimo canhoto Zhirkov. Apesar da perda considerável de outro russo na área técnica, é a minha aposta para ficar com o caneco.

- Federico Macheda mostrou ser muito promissor e decisivo quando o Manchester United precisou de um “extra” para conquistar o tricampeonato. Mas não deve substituir Tevez ou Cristiano Ronaldo à altura. Rooney e Berbatov continuam formando uma dupla muito acima da média. Owen me lembra do gol espetacular na Copa de 1998. Palpite? Briga até o fim pela força de seu elenco e amadurecimento dos “Silvas”. Mas dessa vez perde.

- O Liverpool luta contra um jejum de incríveis 19 anos. É muita pressão acumulada, embora não seja esse o motivo para que não confie muito nos Reds. Xabi Alonso pode ser bem substituído por Aquilani ou até mesmo Lucas. Mas a estreia diante do Tottenham não foi tão promissora assim. E o Campeonato Inglês não permite tantos vacilos como no Brasileirão. Uma dica para Benitez: foque na Champions. Ainda mais com a fama, que costuma fazer valer, de copeiro.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

'Operação Regresso'

Não é manobra militar e muito menos policial, mas a Operação Regresso é o movimento de retorno dos jogadores brasileiros à terra natal, em busca de uma vaga na Seleção para a Copa do Mundo de 2010.

Sem brilho no Velho Continente, o lateral-esquerdo Gilberto decidiu trocar o Tottenham pelo Cruzeiro. Com 33 atuações pela Seleção, o veterano jogador de 33 anos ainda sonha com uma vaga na indefinida lateral-esquerda do Brasil. ‘Esquecido’ nas últimas convocações e com 10 meses para o início da Copa do Mundo, a missão é ganhar credibilidade no Campeonato Brasileiro para ser relembrado por Dunga. Por isso nesta janela de transferência, não só Gilberto trocou o gramado da Europa pelo ‘verde’ brasileiro, mas outros ainda cogitam esta possibilidade.

Lucas é reserva no meio-de-campo do Liverpool e poderá ganhar a vaga de titular com a venda de Xabi Alonso para o Real Madrid. Porém, o ex-jogador do Grêmio terá a concorrência de Aquilani, ex-Roma. Com essa disputa, Lucas poderá continuar no banco de reservas, ou ser titular, tudo depende do técnico Rafa Benítez. Mas para recuperar o prestígio e jogar com regularidade para voltar à Seleção, Lucas quer retornar ao Brasil e atuar pelo campeão da Copa do Brasil, o Corinthians.

Querer é fácil, mas o verbo ‘poder’ não se conjuga da mesma maneira. Por isso, a permanência de Lucas será a mais viável para o Liverpool. Da mesma forma, Vágner Love, ex-camisa 9 da Seleção, já cogitou diversas vezes a possibilidade de regressar ao clube onde ‘estourou’ no Brasil, o Palmeiras. Porém, sair do CSKA não é nada fácil, os russos não querem sequer emprestá-lo de forma alguma. Até o técnico Muricy Ramalho ajudou o atacante ao dizer que só voltaria a Seleção se jogasse no Brasil.

Por isso, a bola está com eles e, antes de tudo, precisam é ‘jogar futebol’ para voltar à Seleção, algo em falta tanto para Gilberto, como para Vágner Love e Lucas.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Agora vai?


Frank Lampard, em entrevista ao site da FIFA (virou moda!), no último domingo, declarou que até mesmo o Brasil gostaria de ter à disposição alguns dos jogadores treinados por Fabio Capello no English Team. Por mais incrível que pareça, ele não se incluiu no seleto grupo formado por “Rooney, Gerrard, Terry e Ferdinand”.

Pois bem, além dos quatro excepcionais jogadores, a Inglaterra conta ainda com Ashley Cole (em decadência, é verdade), Beckham, Joe Cole, Carrick, Barry, Micah Richards... Mas não consegue colocar na prática o favoritismo dos últimos anos. Depois da vexatória eliminação na fase de classificação para a Eurocopa de 2008 com Steven McLaren no comando, os ingleses, agora com sotaque italiano, lideram o Grupo 6 das Eliminatórias para a Copa do Mundo, com 21 pontos em sete jogos. E aguardam pelo teste final de uma geração que nada conquistou.

A propósito, Lampard tem razão? Numa mescla entre as seleções de Inglaterra e Brasil, como ficaria sua seleção?

A minha: Júlio César, Daniel Alves, Lucio, Terry e Ashley Cole; Felipe Melo, Gerrard, Lampard e Kaká; Rooney e Luís Fabiano. Técnico: Capello, é claro.

Nota estética: como é linda a nova camisa da Inglaterra.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Arquibaldos - O Retorno

Após o fim da temporada europeia, resolvemos tirar férias. Algumas semanas fora do ar para planejarmos e refazermos um blog cada vez melhor. Com o retorno dos campeonatos lá do Velho Continente, com o segundo turno do Brasileirão e o início da Sul-Americana, saímos da inércia e voltamos à ativa, agora com novidades...

- O trio (sem ternura) - Guilherme Maniaudet, Pedro Bevilaqua e Victor Canedo - transformou-se em quarteto. Carlos Gustavo é o novo integrante da equipe;

- O leitor poderá compartilhar ou indicar os textos pela internet. É só clicar no botão + que está localizado no final de cada postagem e selecionar o meio de propagação;

- Se quiser ser leitor assíduo do blog é só se inscrever no Leitor RSS, que está na primeira coluna da direita;

- @arquibaldos também está no twitter. Sigam-nos!

- Sugestões e críticas... A nossa caixa de comentários estará sempre aberta para as futuras cornetadas.

- Vamos que vamos! Ohhh, o Arquibaldos voltou e com muito futebol!

sábado, 30 de maio de 2009

Vinho ou espumante?


O torcedor do Bordeaux está muito bem servido para comemorar o título do Campeonato Francês. Bebida boa pela região é o que não falta.

Ficamos triste que a despedida de Juninho no Lyon seja sem título. Ainda mais depois dele se tornar o maior jogador da história do clube ao liderar o histórico heptacampeonato nacional. Mas também há felicidade de ver quatro brazucas sendo campeões pelo Bordeaux - título que não vinha há dez anos. São eles: Henrique, Jussiê, Wendell e Fernando. Pode ser até que role uma caipirinha na comemoração...

O fim da hegemonia do Lyon já estava anunciada há algumas rodadas, e a disputa ficou mesmo entre o Olympique e o Bordeaux. Mas o time de Brandão acabou entregando o título de mão beijada para o rival quando perdeu na 36a rodada para o Lyon, em casa.

Aí, a equipe liderada pelo ótimo Gourcouff foi só fazendo o seu dever. Venceu os seus adversários, assim como fez hoje ao bater o péssimo Caen por 1 a 0, gol de Gouffran. Também não é de se espantar que este time foi rebaixado. Futebol de péssima qualidade.

O Bordeaux não teve o artilheiro da competição, não teve o melhor ataque e nem a defesa menos vazada. Mas foi a equipe mais equilibrada, e teve como técnico o promissor Laurent Blanc. Sim, ele mesmo. O zagueiro campeão do mundo em 1998 comandou muito bem a equipe.

O time ainda acertou a compra de Gourcouff, que nesta temporada estava emprestado pelo Milan. Ótima aquisição. Não dá para dizer que o Bordeaux fará uma bela campanha na próxima Liga dos Campeões. Mas os seus adeptos tem mais é que vibrar com o fim do jejum e com o fim da “Era Lyon” pela França. E a equipe já tinha conquistado a Copa da Liga, em abril.

Pois é, amigo. A única coisa a se preocupar no momento é se a comemoração vai ser a base de vinho ou espumante.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Os duelos do momento


Amanhã, no Estádio Olímpico de Roma, pela final da Liga dos Campeões, Barcelona e Manchester United se digladiarão em um confronto histórico. É, sem dúvida, “O” jogo do momento - são as duas melhores equipes do mundo. Ambas foram campeãs com folga pelas suas ligas nacionais, e têm os jogadores que mais assustam. Imagine que na próxima quarta-feira o seu time jogaria contra o Manchester ou contra o todo poderoso Barcelona. Seria sensacional, mas eu teria medo.

E além do duelo de gigantes da Europa, outro confronto particular está roubando a cena. É mais uma briga de tirar o fôlego: Cristiano Ronaldo x Messi. São os dois melhores boleiros do momento. Daria até para incluir Ibrahimovic nessa disputa, mas como a Internazionale não consegue nada fora da Itália, o sueco acaba prejudicado.

É fato que a equipe que sair vencedora do “Coliseu”, na próxima quarta, também terá, no fim do ano, o melhor jogador do mundo. Sem tirar o mérito dos outros jogadores, mas são esses que mais podem desequilibrar, apesar deles terem sumido em algumas partidas decisivas.

Vamos a alguns números: ano passado, quando o Manchester foi campeão, Cristiano Ronaldo foi o artilheiro da competição, com oito gols. Mas nesta temporada, o português está com quatro, exatamente outros quatro atrás de quem? Ele mesmo, Lionel “pulga” Messi, artilheiro isolado com oito gols. Pela Liga Espanhola, o argentino não é o goleador do torneio, mas tem 22 gols; enquanto que pela Premier League, o portuga marrento é o matador, ao lado de Anelka, do Chelsea, balançando as redes 18 vezes. Precisa dizer mais alguma coisa? Se precisa, é só ver algumas partidas dos dois e você vai entender. Fácil assim: os melhores.

Mas vamos falar também dos outros jogadores, pois nenhum grande time é formado apenas por um craque. Tanto Barça quanto Manchester entrarão desfalcados. Quem mais vai sentir é o clube catalão, que não contará com a sua dupla de laterais, Abidal e Daniel Alves, suspensos. Já os Red Devils não terão em campo Fletcher, que não é titular. Pode ser uma das coisas que vai fazer a diferença.

No gol, eu prefiro Van Der Sar a Victor Valdes. O espanhol também é de seleção, mas não passa tanta segurança, enquanto que o holandês ficou 21 jogos sem sofrer gol no atual Campeonato Inglês. Com os desfalques já citados, a zaga do Barça vai ficar bem fragilizada, ainda mais porque Puyol deve acabar deslocado para uma das laterais. Aí, o treinador Pepe Guardiola vai acabar atrasando o limitado Yaya Toure para a zaga. Enquanto isso, pelo lado vermelho, nada mais nada menos do que a melhor dupla de defensores: Vidic e Ferdinand. Na minha opinião, os melhores.

Pelo meio campo, há mais equilíbrio, mas com o Manchester ainda superior. Ainda mais porque devemos ver o não tão bom Busquets como primeiro volante do Barça. Já Iniesta e Xavi dispensam comentários. Mas o outro lado impressiona em todas as peças: Carrick (em ótima fase), Anderson (voando em campo), o “Mr. Manchester United” Ryan Giggs, e ele, Cristiano Ronaldo. Dá ou não dá medo?

No ataque, não consigo dizer quem é melhor. Eto’o, Messi, Henry (que reencontrou o bom futebol); ou Rooney e Tevez (apesar de Sir. Ferguson ainda teimar em escalar Berbatov, as vezes). Todos são craques e têm o seu nome estabelecido no futebol mundial há tempos. Não dá para dizer qual é a melhor força de frente.

É difícil apontar um favorito, porque não há. Mas pelo maior equilíbrio entre ataque e defesa, eu acho que o Manchester vai ser bi. Façam suas apostas, rufem os tambores e roam as unhas. É a final da Liga dos Campeões!

Até 2010, Obina


No último dia 25, Obina foi emprestado pelo Flamengo ao Palmeiras até o fim do ano. Este foi o pior momento do atacante no clube, junto aos primeiros jogos dele, em 2005. Mas muitos se precipitam ao falar do até antes “xodó”. Realmente, este 2009 dele foi desastroso. Nada de gols, pênaltis perdidos, “obinadas” na bola, etc. A maioria fala que ele não joga nada, que é gordo, e mais um monte.

Mas quem não tem memória curta sabe que os momentos dele na Gávea não se resumem a este primeiro semestre. Obina foi fundamental na Copa do Brasil de 2006, nos Cariocas de 2007 e 2008 (estando presente também no de 2009, com menos destaque); e ainda fez o gol que livrou o Fla do rebaixamento em 2005.

Balançou as redes 47 vezes em 180 jogos - média que não é boa. Mas todos sabem que ele nunca foi craque e que dificilmente está no peso ideal; na verdade, ele sempre foi, apenas, Obina. Humilde e simpático, bem quisto entre os seus companheiros e quase sempre querido pelos rubronegros e por muitas torcidas adversárias.

Sobre o empréstimo, se o Palmeiras quiser escalá-lo contra o Flamengo, terá que pagar R$ 1 milhão por jogo, o que é um absurdo, pois se ele está em um clube, tem o direito de jogar as partidas que o treinador quiser. Para ficar com o jogador em definitivo, os paulistas terão que arcar com R$ 4 milhões. Nenhuma das duas quantias devem ser pagas; Obina não deve atuar contra o Flamengo e irá voltar em 2010.

Acho que o empréstimo será bom para todos. O atleta precisa de novos ares, e Vanderlei Luxemburgo é ótimo em “recuperar” jogadores. Para o Palmeiras porque o time não tem nenhum centroavante com as características do Obina. E para o Fla pois a relação dele com a “esquecida” torcida já está muito desgastada.

O flamenguista que disser que nunca cantou que “Obina é melhor que o Eto’o” está mentindo. Acho que no ano que vem, quando voltar, ele estará melhor, com o espírito mais leve e, quem sabe, até com uns quilinhos a menos. E pode ser que a torcida rubronegra o acolha de novo, e volte a compará-lo com o ótimo atacante camaronês.

sábado, 23 de maio de 2009

A vez do Wolfsburg


Se você estava cansado daquelas ligas européias que sempre tem o mesmo campeão. Se você não agüentava mais acompanhar os campeonatos onde os possíveis vencedores são sempre aqueles quatro, três, dois times de sempre. Se você se encaixa nas frases acima e acompanhou a Bundesliga, pelo menos na reta final, se deu bem demais.

O Campeonato Alemão foi o mais emocionante do Velho Mundo. Faltando quatro rodadas, cinco times ainda tinham chances de ser campeão. E, hoje, para tristeza dos que gostam de futebol e emoção, e para felicidade da torcida do Wolsfburg, acabou a Bundesliga 2008/09.

A equipe de Grafite e Josué com méritos foi a campeã. Venceu jogos decisivos, como a goleada diante do Bayern com o antológico gol de Grafite. E ainda tem os dois principais artilheiros da competição: Grafite - 28 gols; Dzeco - 26 gols.

Para deixar a conquista bem mais saborosa, o atacante brasileiro ainda igualou Airton no recorde de gols na Bundesliga. E esta também foi a primeira vez que os Lobos da Alemanha foram campeões nacionais. E o título veio suado demais, na última rodada, goleando o vice-campeão da Copa da Uefa, Werder Bremen, por 5 a 1. Tem coisa melhor do que isso?

Misimovic, Grafite (duas vezes), Prodl e Dzeco marcaram os gols do título do Wolfs, enquanto que Diego fez o de honra do Werder.

Não dá para acreditar que uma nova era irá começar na Alemanha, pois o Bayern sempre é Bayern. Mas é muito bom ver essa equipe de verde campeã. Quebrou o protocolo, saiu da fila e falou: é a minha vez!

Mas o Wolsfburg também tem que pensar no futuro, pois ele está bem próximo. Esse time será coadjuvante na Champions League. Precisa de reforços se quiser fazer bonito no torneio continental.

Mas vamos deixar isso pra depois, vamos deixar eles esquentarem a cabeça depois. É hora de comemorar e esvaziar o barril de chope. O Wolsfburg finalmente foi campeão!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

A noite de Andrezinho

Aos 40 do segundo tempo, Internacional e Flamengo empatavam em 1 a 1; resultado que dava a classificação para o time carioca. Até que Tite dá a sua última cartada colocando Andrezinho no lugar de Sandro. Pouco tempo para o meia jogar, mas o suficiente para cobrar uma falta com muita categoria e fazer o gol da vitória colorada. Sem dúvida, esse foi o melhor jogo da noite e qualquer uma das equipes poderia ter saído vencedora. Mas Andrezinho, cria do Flamengo, acabou fazendo a diferença.

O primeiro tempo foi dominado pelo time Carioca. Marcava melhor (apesar de dar bem mais espaço do que deu no Maracanã), e era mais objetivo na hora de atacar. Perdeu boas chances, principalmente com Kléberson, que errou duas finalizações. Enquanto isso, o Inter cadenciava mais a partida, esperando o Flamengo errar. No final, quando parecia que o primeiro tempo terminaria zerado, Juan errou. Ele atrasa mal a bola para Aírton, Nilmar ganha na corrida e cruza para Taison abrir o placar. Mérito para o ataque veloz do Inter em uma falha de Juan.

Os papéis se inverteram no segundo tempo. O Flamengo sentiu o gol e o Inter cresceu. Perdeu boas chances, enquanto que o Fla não oferecia perigo. Até que Cuca acerta em colocar Emerson no lugar de Zé Roberto, e o atacante consegue empatar o jogo aos 30 minutos. Aí quem sentiu foi o Inter. Mas o Flamengo cometeu o pecado de só se defender e dar chutões. Ibson comete falta infantil na entrada da área, e Andrezinho, que acabara de entrar, empata. A cobrança foi boa, mas dava para o goleiro Bruno pelo menos ter pulado. Andrezinho e Guiñazu foram os caras do jogo. Mais uma vez, o volante foi um leão.

O Inter mereceu a classificação, assim como se o Flamengo passasse também seria merecedor. O Colorado confirma a boa fase e chega com muita força na semifinal. É a equipe do momento a ser batida.

Internacional: Lauro, Danilo Silva (Alecsandro), Índio, Álvaro e Kleber; Sandro (Andrezinho), Rosinei (Glaydson), Guiñazu e D’Alessandro; Taison e Nilmar. Técnico: Tite.

Flamengo: Bruno, Willians, Aírton e Ronaldo Angelim; Léo Moura, Toró (Éverton Silva), Ibson, Kleberson e Juan; Zé Roberto (Emerson) (Welinton) e Obina. Técnico:Cuca.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Tudo na mesma


*Hoje, tivemos quatro jogos da Bundesliga, e três deles envolvendo equipes que ainda brigam pelo título. E como não podia deixar de ser, Hertha, Bayern e Wolsfburg venceram.

Jogando em casa, o time de Josué não teve dificuldades para golear o rei dos empates, Borussia Dortmund. Aos 14 minutos do primeiro tempo, Dzeko abriu o placar. No início da segunda etapa, o bósnio foi o garçom de Grafite, que ampliou e se isolou na artilharia (o Stuttgart de Mario Gomez joga amanhã). A partir daí, o Borussia se assanhou e até esboçou uma reação, mas que parou quando Boateng foi expulso de maneira boba. No final, a goleada foi sacramentada por Dzeko, após linda jogada de Grafite: 3 a 0.

Em Munique, o Bayern também goleou e também fez 3 a 0. Por incrível que pareça, todos os gols saíram no segundo tempo, e em todas as oportunidades em contra-ataques. Luca Toni, Ribéry (jogando muita bola) e Podolski foram os marcadores.

Já o Hertha Berlim teve mais dificuldades para vencer o Colônia fora de casa. Cícero abriu o placar e Ebert ampliou. No final do jogo, o time da casa resolveu jogar e chegou a descontar com Chihi. Mas já era tarde, e a partida terminou mesmo em 2 a 1. No outro jogo do dia, o lanterna Karlsruhe perdeu em casa por 3 a 2 para Hannover e ficou muito perto do rebaixamento.

*Pela League 1, o Lyon manteve as remotas chances de ser octacampeão. Com destaque para as atuações de Juninho Pernambucano e de Makoun, os Lyonnais venceram o Nantes, em casa, por 3 a 0. O triunfo foi sacramentado ainda no primeiro tempo, quando o camaronês marcou duas vezes, e em ambas oportunidades com ajuda do brasileiro. No final da partida, Mounier fechou o placar. Pena que a provável despedida de Juninho vá ser sem o octa.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Com o futebol não se brinca

“Vai ver foram os Deuses do Futebol”, pensei, logo após o chutaço de Iniesta – o único do Barcelona que teve o endereço certo –, no ângulo de Cech, aos 47 minutos do segundo tempo. Pareceu-me ser uma explicação plausível depois de dois tempos de domínio tático do Chelsea, mais a equilibrada partida no Camp Nou. Mas com esse maravilhoso esporte não se brinca.

Mesmo com um jogador a mais durante a maior parte da etapa final, os Blues não foram capazes de vencer uma defesa àquela altura fragilizada pelos desfalques de Puyol, Rafa Marquez e Abidal, este último expulso, além da péssima partida de Daniel Alves – suspenso para a finalíssima. É válido afirmar que o dinamarquês Tom Henning prejudicou o Chelsea com ao menos dois pênaltis claros não marcados. Mas se Drogba quisesse, teríamos hoje uma revanche na final.

Essien bem que queria. Logo aos nove, acertou um chutaço, de canhota e de primeira, da entrada da área: 1 a 0. O gol deu tranqüilidade a Guus Hiddink, que pôde armar o time a seu gosto, explorando os contra-ataques. Ao contrário de Pep Guardiola que, sem Henry, adiantou Iniesta, colocou Eto’o aberto nos flancos e, apesar da genialidade do setor ofensivo e da posse de bola de 63%, viu seu time esbarrar na muralha que era a defesa adversária – Alex manteve o ótimo nível de atuações.

Sem a estrutura tática que rendeu a incrível média de 3 gols/jogo na Liga dos Campeões, o Barcelona não mudou muito para a segunda etapa. Em campo, os 11 se tornaram 10, com a expulsão de Abidal. Em postura e posicionamento, um Eto’o centralizado, um Messi fortemente marcado, e um Iniesta incisivo. Se o gol de empate teve seu merecimento contestado, não há como discutir que o herói do Barcelona teria de ser Iniesta.

Vem aí o verdadeiro tira-teima. O que todos queriam: Barcelona x Manchester United. Messi x Cristiano Ronaldo. Dia 27, no Olímpico, de Roma. O futebol agradece.

Chelsea: Cech, Bosingwa, Alex, Terry e Ashley Cole; Essien, Ballack, Anelka, Lampard e Essien; Drogba (Belletti). Técnico: Guus Hiddink.

Barcelona: Valdés, Daniel Alves, Piqué, Touré e Abidal; Busquets (Bojan), Xavi e Keita; Messi, Eto'o (Sylvinho) e Iniesta (Gudjohnsen). Técnico: Josep Guardiola.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Tudo nos conformes


O que era já era improvável tornou-se praticamente impossível aos 33 minutos do primeiro tempo. O Santos não só vencia por 1 a 0, gol de pênalti de Kléber Pereira, como também jogava melhor que o Corinthians e o pressionava num então aflito Pacaembu. Só que Dentinho descobriu André Santos livre pelo meio num dos únicos vacilos do Peixe nos 45 minutos iniciais. Como de costume nesta passagem pelo Timão, o lateral não perdoou, esfriou qualquer tipo de reação, e pôs as duas mãos na taça do Campeonato Paulista.

Àquela altura, o Santos precisava marcar mais três vezes em pouco mais de 60 minutos. Guiado por Madson e Paulo Henrique – Neymar não fazia boa partida –, o time de Vagner Mancini até assustou Felipe em algumas oportunidades. A maioria das chances criadas durante o período de domínio do Peixe. Anulado pela forte marcação de Domingos – então ainda um santo em campo – e Germano, Ronaldo pediu até para trocar de posição com Dentinho. O Timão cresceu com o gol e com sua torcida, extasiada e aliviada. E voltou para a segunda etapa com o mesmo ritmo.

Segundo tempo que, aliás, foi do Corinthians e do nervosismo. Não foram poucas as entradas duras e desleais, principalmente de Domingos, que deve pegar no máximo três jogos pelo teatro que fez contra o Palmeiras. Reincidente – o zagueiro já entrara com as travas da chuteira no tornozelo de Dentinho, que teve de ser substituído –, foi expulso após mais uma falta em Ronaldo. O que só refletiu o que foi o segundo tempo: muitos cartões, poucas finalizações e um controle do tempo e da partida por parte do Corinthians.

O relógio passou sem maiores problemas. E o Timão manteve o aumentativo no apelido com o 26º título paulista, o primeiro invicto desde 1972. Muito graças a Mano Menezes, que já soma dois títulos no comando do Corinthians e, principalmente, a Ronaldo, que chegou como ídolo e hoje é muito mais do que um símbolo para a Fiel. Loucos, mas felizes, acima de tudo.

Em tempo: Ronaldo está certo em criticar a festa corintiana, ainda no gramado, que por sorte não resultou em queimaduras no corpo do capitão William.

Em tempo 2: o Santos montou um bom time, num bom esquema, com um bom técnico. Mas precisa mais do que isso para alçar vôos maiores. Até porque só resta o Brasileirão pela frente.

Corinthians: Felipe; Alessandro, William, Diego e André Santos (Welington Saci); Cristian, Elias e Douglas (Fabinho); Dentinho (Morais), Ronaldo e Jorge Henrique. Técnico: Mano Menezes.

Santos: Fábio Costa, Luizinho (Molina), Domingos, Fabiano Eller e Triguinho; Roberto Brum, Germano e Paulo Henrique (Róbson); Neymar (Maikon Leite), Kléber Pereira e Madson. Técnico: Vagner Mancini.

BH azul

Em Belo Horizonte, não teve surpresa. A única coisa que chamou a atenção, mas que já não é novidade, foi o destempero do técnico Emerson Leão. A sua atitude de xingar uma auxiliar no intervalo é deplorável. E pior, nem a sua reclamação tinha fundamento. Agora é o momento de esfriar a cabeça e pensar no restante da temporada. No meio da semana, já tem o difícil combate contra o Vitória, pela Copa do Brasil.

Mas vamos falar de quem foi campeão. O vencedor do campeonato já havia sido decidido no fim-de-semana passado. O que seria conferido hoje é se o Cruzeiro seria campeão invicto. E foi. Pela trigésima sexta vez, o clube celeste levatou a taça, e pela segunda vez seguida invicto sobre o Galo - dez vitórias e dois empates nas 12 últimas partidas.

No início do jogo, por duas vezes seguidas o Cruzeiro quis animar o adversários. Foram duas bolas perdidas que quase resultaram em gol, mas Éder Luis foi mal em ambas as oportunidades. Aos 16 minutos, a minoria no Mineirão pôde sonhar. O estreante Fabiano abriu o placar para o Atlético, após jogada do insistente Éder Luis. Era o que o Galo precisava. Um gol no início, dando uma possível chance de recuperação.

Mas o sonho durou pouco. Aos 21 minutos, Kléber, de pênalti, acabou com qualquer chance de reação do adversário, e quem era o virtual campeão antes do jogo já não tinha mais dúvidas do triunfo. O Atlético não desanimou muito, e o objetivo do jogo, agora, era não deixar o rival ser campeão invicto. Mas a luta foi em vão.

Chances apareceram para os dois lados, mas nada mudou no placar. Quando voltou do intervalo, o time do Atlético tinha gás e pressionava. Mas quando Carlos Alberto foi expulso, foi fim de linha em todos os sentidos para o alvinegro. O Cruzeiro passou a atacar muito mais, enquanto o adversário pouco ameaçava. No final do jogo, os ânimos se exaltaram e houve confusão entre os jogadores. Welton Felipe e Wellington Paulista foram expulsos.

Mas nada que fosse estragar a festa do Cruzeiro. Campeão com todos os méritos. E invicto. Vai dar muito trabalho no Brasileirão e é forte candidato na Libertadores. Resta ao Galo juntar os cacos e começar uma nova etapa no ano.

Atlético Mineiro: Juninho, Marcos Rocha, Marcos, Welton Felipe e Júnior; Carlos Alberto, Rafael Miranda. Márcio Araújo e Fabiano (Júnior Carioca); Éder Luís e Diego Tardelli. Técnico: Emerson Leão.

Cruzeiro: Fábio, Jancarlos (Elicarlos), Léo Fortunato, Gustavo e Gerson Magrão; Fabrício (Sorín), Marquinhos Paraná, Henrique e Wagner; Kléber e Soares (Wellington Paulista). Técnico: Adílson Batista.

sábado, 2 de maio de 2009

Só mais sete


*Este é o número de pontos que o Manchester United precisa para se sagrar tri-campeão da Premier League, e igualar o número de títulos do Liverpool.

Hoje, contra o Middlesbrough, fora de casa, Sir. Ferguson resolveu poupar alguns titulares, já pensando no jogo contra o Arsenal, na terça. E o “mistão” do Manchester não teve dificuldades para vencer o fraco adversário por 2 a 0.

No primeiro tempo, o Mr. Manchester United, Ryan Giggs, mostrou toda sua boa forma. Fez um belo gol no dia em que alcançou a incrível marca de 801 jogos pelos Red Devils. E no início do segundo tempo, Park deu números finais a partida.

Alguém ainda pensar em secar o Manchester? Só com muita reza braba.

Já o Manchester City de Robinho segue subindo de produção. Hoje, venceu o Blackburn por 3 a 1, com boas apresentações do atacante e de Elano. Caicedo abriu o placar, Robinho aumentou e Elano, de pênalti, fez o último do City. No segundo tempo, Andrews descontou para o Blackburn.

Em Londres, o Chelsea bateu o Fulham por 3 a 1. Anelka, Malou da e Drogba marcaram para os Blues. O Chelsea talvez ainda sonhe com a Premier League. E sonhar não custa nada.

O Arsenal também venceu, e também fez três gols. Goleou o Portsomuth, fora de casa, por 3 a 0. Os gols dos Gunners foram marcados por Bendtner (duas vezes) e Carlos Vela.

*Pela Alemanha, o Wolfsburg deu mais um importante passo rumo ao título da Bundesliga. Goleou o Hoffenheim por 4 a 0 e, no mínimo, manteve a diferença de dois pontos para Herha ou Hamburgo, que se enfrentam amanhã.

Quando não é a estrela do Grafite que brilha tanto, o seu companheiro de ataque resolve aparecer. Dzeco marcou três vezes, enquanto que o brasileiro fechou o placar. O primeiro tempo foi complicado para o líder, e terminou em 0 a 0. Mas no segundo, os visitantes foram massacrados. Do minuto 20 ao 33, foram três gols do atacante bósnio, e dois deles com assistências de Grafite. No final, o brasileiro ainda fez de pênalti.

Mas sabemos que na Bundesliga não podemos tentar prever nada. Ainda faltam quatro rodadas, e amanhã Hamburgo e Herha se enfrentam. O que perder talvez dê adeus ao título alemão.

O Bayern venceu hoje o Borussia Mönchengladbach por 2 a 1, e ainda sonha. Será Jupp Heynckes consegue dar alma a esse time na reta final?

*Mais uma vez, Ibrahimovic foi o nome da Internazionale de Milão. Contra a Lázio, o “gigante” marcou um gol e deu assistência para outro, além das belas jogadas que não resultaram em gol.

Depois de um primeiro fraco, o time de Mourinho definiu o placar na etapa final. Ibra fez um lindo gol ao “brincar” com o zagueiro e chutar de forma indefensável. Depois, o sueco deixou Muntari na cara do gol, que não perdoou. 2 a 0 para a Inter, que agora precisa vencer dois de seus quatro jogos para ser campeã sem precisar de outros resultados.

*Pela League 1, o Olympique decepcionou a sua torcida ao empatar em casa com o Toulouse em 2 a 2. Os visitantes ainda chegaram a estar na frente do placar duas vezes, mas o líder conseguiu correr atrás do empate. Amanhã, o Bordeaux recebe o Sochaux, e pode alcançar o Olympique.

Os quatro gols do jogo saíram no segundo tempo. Gignac abriu o placar para os visitantes e Niang empatou. Depois, Gignac, novamente, colocou o Toulouse novamente em vantagem, e Niang, de novo, empatou.

Já o Lyon deu adeus ao octa. Sem Juninho, o time visitou o Valenciennes e se deu mal. 2 a 0 para os mandantes, com dois gols de Audel, no primeiro tempo.

Uma coisa é certa na League 1: Bordeaux ou Olympique acabarão com a hegemonia do Lyon.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Dever de casa

Apenas um gol, marcado pelo limitado zagueiro-lateral-direito O’Shea, diferenciou o clássico inglês desta quarta-feira em relação ao insosso empate entre Barcelona e Chelsea. Duas partidas movimentadas, mas longe do nível da competição, principalmente se comparadas às quartas-de-final. Em Old Trafford, o Manchester United foi superior ao Arsenal e até merecia uma placar mais elástico, mas ficou mesmo no 1 a 0.

A equipe de Sir. Alex Ferguson adotou uma postura ofensiva desde o minuto inicial, e acabou recompensada aos 17, quando Carrick fez boa jogada já dentro da área dos Gunners e contou com um desvio em Silvestre para a bola sobrar limpa para O’Shea: 1 a 0. Mesmo com a necessidade de mudar de postura, o Arsenal esbarrava na falta de material ofensivo - qualitativo e quantitativo - diante de uma marcação eficiente dos Red Devils. Adebayor, muitas vezes isolado, e Fàbregas, o cérebro do time, não renderam o esperado, ainda que Arsène Wenger não pudesse contar com van Persie e Arshavin, este último não inscrito na melhor competição de clubes do mundo já que atuou pelo Zenit.

No fim, uma vantagem simples, como um dever de casa, de um time superior individualmente e coletivamente, mesmo sem Rooney nos seus melhores dias. Cristiano Ronaldo, que não tem a obrigação de decidir todos os jogos, esteve bem e colocou Almunia para trabalhar. Ainda mantenho os meus palpites iniciais, quase que um senso comum: Manchester United e Barcelona vão à Roma no próximo dia 27. Alguém discorda?

Manchester United: Van der Sar, O'Shea, Ferdinand (Evans), Vidic e Evra; Fletcher, Carrick e Anderson (Giggs); Cristiano Ronaldo, Tevez (Berbatov) e Rooney. Técnico: Sir. Alex Ferguson.

Arsenal: Almunia, Sagna, Touré, Silvestre e Gibbs; Song, Diaby e Fábregas; Walcott (Bendtner), Nasri e Adebayor (Eduardo da Silva). Técnico: Arsene Wenger.